Jonas encerrou a carreira em grande estilo. O camisa 10 do Benfica despediu-se dos gramados nesta quarta-feira, ovacionado por 55 mil pessoas no Estádio da Luz, em Lisboa. Aos 35 anos, 14 dedicados ao futebol profissional, parou com 300 gols marcados e 12 títulos conquistados.
Os melhores resultados vieram na passagem pelo Benfica, onde permaneceu por cinco anos: 183 jogos, 137 gols, quatro títulos da Liga de Portugal – sendo duas vezes artilheiro e eleito o melhor da competição, dois da Taça da Liga, dois da Supertaça e um da Taça de Portugal - sendo artilheiro. Um momento difícil, mas bem planejado.
- Não é fácil tomar decisão de parar de jogar futebol profissional, são quase 15 anos de carreira, mas a partir do meio da época passada eu vinha me preparando para isso devido a problemas físicos e a entender que, por isso, não conseguiria jogar em alto nível, não conseguiria ajudar meus companheiros como deveria. Estou bem tranquilo, parei na hora certa, vindo de uma época fantástica que conseguimos a reconquista (do título da Liga de Portugal). Nada melhor do que terminar dessa maneira – comentou em entrevista exclusiva ao canal Benfica TV.
Do camarote 26 do elegante Estádio da Luz, os pais Ismael e Maria Luiza, os irmãos Tiago e Diego, a esposa Melina e as filhas Maria Fernanda e Maria Letícia acompanharam o momento em que artilheiro entrou em campo aplaudido de pé pelos torcedores. O evento de despedida teve como pano de fundo o amistoso contra o Anderlecht, da Bélgica.
Na cerimônia, Jonas foi recebido pelo presidente Luis Filipe Vieira diante de todas as taças que ajudou a conquistar desde 2014. Como agradecimento, também entregou um presente ao líder benfiquista. Foi quando se emocionou e chorou. O único momento em que a Luz ficou em silêncio foi durante a exibição de um vídeo narrado por Jonas, contando com alegria o período dedicado aos Encarnados e se despedindo com um “até breve”.
- Foi um dia especial, marcante. Sentimento de dever cumprido pelo que eu vivi hoje aqui diante dos adeptos, da minha família, da família benfiquista. Serei eternamente grato a esse clube. É uma despedida dos campos, mas um até breve aos torcedores, porque pretendo visitar o clube sempre – completou.
Com a bola rolando, saiu justamente aos 10 minutos e 10 segundos em amistoso realizado no dia 10. Mais um momento de emoção. Segundo maior artilheiro estrangeiro da história, camisa 10 foi referência ao longo das temporadas. Diante de tantos episódios positivos, não conseguiu escolher apenas um que simbolizasse seu último clube.
- Difícil escolher só um, porque foram tantos momentos marcantes. Foram vários de alegria, de vitórias. E de derrotas também, porque faz parte da carreira de um atleta profissional. Eu fico com os cinco anos maravilhosos que passei aqui, os melhores da minha carreira. Agradeço a todos pela receptividade que tiveram comigo e com minha família aqui - disse.
- Hoje se cumpre o que eu vinha dizendo nas últimas entrevistas: que eu gostaria de encerrar a carreira no Benfica. E tive o privilégio de fazer isso - completou.