Destaque na Coreia, atacante fala sobre desafios no Seongnam

Éder valoriza evolução do futebol coreano, fala sobre presença de compatriotas na K-League, mas questiona 'preconceito' de clubes brasileiros com atletas pouco badalados

imagem camera(Foto: Divulgação)
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Lance!
Seoul (CDS)
Dia 30/01/2019
15:48
Atualizado em 31/01/2019
09:05
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O desafio de Éder ficará ainda mais intenso nesta temporada com a camisa do Seongnam. O brasileiro radicado na Coreia do Sul continua a ser a esperança de gols do clube que, em 2019, tentará consolidar sua força neste retorno à elite do país. Em contagem regressiva para o início da K-League, o jogador de 32 anos não esconde o otimismo do elenco para o início da competição:

- O Seongnam é muito tradicional na Coreia. Depois de conseguir voltar com o clube para elite do futebol, aqui as expectativas são as melhores possíveis. Estamos nos preparando muito para chegarmos forte na competição esse ano e conseguir grandes coisas! - afirmou, ao LANCE!.

O atacante, que tem passagens bem-sucedidas pelo Daegu e Jeonbuk, apontou o que tem pesado para ir bem no futebol asiático: 

- Acho que se deve muito a adaptação rápida que tive no país. Ao entendimento dentro de uma cultura e a maneira como eles vivem intensamente pro futebol, essas coisas fizeram a diferença ao longo desses anos.

Embora esteja em grande fase, o atacante nega que tenha recebido propostas para se naturalizar:

- Não, não. É muito difícil essa situação por aqui não é tão simples como de repente em outros países.

O jogador de 32 anos ainda opinou sobre a presença maciça de brasileiros nos gramados da Coreia do Sul:

- Por ter uma liga muito forte e por abrir as portas pra jogadores que não são conhecidos no Brasil. É só  pegar a liga hoje. Conta com vários brasileiros que não tiveram notoriedade no Brasil e se destacam muito por aqui!

Contudo, Éder faz severas críticas à maneira como clubes brasileiros enxergam jogadores menos conhecidos na Ásia. O atacante insinuou que há um preconceito quando o jogador é menos badalado: 

- Essa eu gostaria de entender melhor também. Talvez por eles acharem que não é uma liga forte ou tradicional. Já para a Ásia, jogadores que disputam K-League são muito valorizados, devido ao grande nível que tem o campeonato daqui. Eles sabem a dificuldade que é jogar a competição.

O atacante aponta onde o futebol coreano tem mostrado evolução:

- Sem dúvidas, a qualidade técnica. Todos falavam somente da correria que era. Mas, se pegar hoje, a quantidade de jogadores locais que saem pra Europa é muito grande. Na própria seleção, a maioria está na Europa. Isso mostra o grande crescimento que o futebol tem evoluído e prova disso é a vitória contra a Alemanha no Mundial (de 2018)

Éder admitiu que teve desejo de atuar no Brasil, mas tende a permanecer na Ásia:

- Olha, confesso que ainda tinha vontade de voltar a atuar no Brasil. Mas acabou nesta janela, antes de renovar com Seongnam, devido à tamanha desvalorização que tive. Tanto em algumas sondagens quanto ao preconceito de idade, de ouvir muitos falando que já estava numa idade avançada, com 32 anos. Hoje, meus planos estão completamente voltados a permanecer na Ásia.

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