A temporada está chegando ao fim e Griezmann continua sem engrenar no Barça. O colunista e editor Tomás Roncero, do 'Diário As', escreveu sabiamente que, com seu gol de falta na quarta-feira sobre o Mallorca, o zagueiro do Real Madrid Sergio Ramos já havia marcado o mesmo número de gols na LaLiga quanto o atacante Griezmann fizera no Barcelona. Lembro-me que contra o Betis, quando Griezmann jogou pedaços de papel azuis e jogou sobre a cabeça, desenhando um momento mágico. Ele havia chegado antes do olhar indisfarçado de ceticismo da turma que comanda o vestiário, que o recebeu como o suplantador da posição que Neymar ocupava, à qual eles aspiravam retornar. Um capricho (não assumido pelo clube). Daí o gesto de Griezmann de se fazer amar.
Tantos jogos depois, foram poucos gols e, acima de tudo, a confirmação de que ele não é aquele jogador fantástico que brilhava no Atlético de Madrid, nem de perto. Lá, ele era figura em torno da qual o ataque girava. No Barça, ele oferece trabalho, mas não contribui no ataque. Os homens de frente não o procuram. O menino Ansu Fati surgiu e o alcançou em brilhantismo e participação. Griezmann repete o que aconteceu com muitos outros quando soltou da mão de Simeone. O caso mais retumbante foi o de Arda Turan, eclipsado assim que partiu para o Barcelona, mas existem muitos outros casos (Miranda, Lucas Hernández, Filipe Luis e Diego Costa, dois que voltaram de cabeça baixa, Godín ...). A lista é longa.
NR: Alfredo Relaño é colunista do Diário As, jornal espanhol parceiro do LANCE! no pool de diários esportivos internacionais