Artilheiro da Copa RS e Copa do Brasil sub-20 pelo Santos há três anos, o atacante Léo Souza não teve a sorte de subir para o profissional do clube e seguiu rumo ao Japão para fazer sucesso no Albirex Niigata, da segunda divisão nacional. Ele é o goleador máximo entre as três ligas japonesas desta temporada, com 27 gols em 36 jogos. Em 2018, ainda pelo Gainare Tottori-JAP, o centroavante tinha feito 24 tentos em 31 partidas.
Léo relembrou o período difícil após ser dispensado pelo Santos, em 2017, e afirmou que tem um estilo parecido com o também atacante Gabigol, atualmente no Flamengo e artilheiro do Campeonato Brasileiro desta edição.
- Representa a maior felicidade que já tive no futebol (ser o maior artilheiro desta temporada). Com certeza é uma volta por cima que dei depois do que fizeram comigo no Santos! Eu sabia que tinha potencial para fazer tudo que estou fazendo hoje, faltava somente oportunidade - afirmou Léo, que ainda não entende o motivo da diretoria santista não ter renovado seu contrato.
- Sai chateado do Santos, porque tive um ano espetacular e não me deram oportunidade e me 'deixaram de canto'. Não existiu conversa, até hoje não sei o por quê não tive oportunidade nem de treinar com o elenco profissional, sendo que fui o artilheiro de duas competições no ano pelo clube - contou o jogador, em exclusividade ao LANCE!
Léo participou de poucos treinos do Santos em 2016, ainda sob comando de Dorival Jr. Caso subisse, o atleta teria a concorrência de Ricardo Oliveira, Joel, Paulinho, Rodrigão e Gabigol, este último um dos 'espelhos' do atual artilheiro do Japão na temporada.
O atleta recordou quando realizava alguns jogos-treino contra o Menino da Vila, no CT Rei Pelé, mas ressaltou nunca ter conversado com ele.
- Acredito que pela mobilidade de jogo, temos um estilo um pouco parecido. Tem também a personalidade forte, do cara obstinado em fazer gols, frio e que cobra muito do time e de si mesmo para sempre ganharmos. No profissional do Santos, chegamos apenas a fazer alguns amistosos contra, mas nunca tive uma conversa com ele - comparou Léo.
A tamanha identificação com o Japão também faz Léo pensar em se naturalizar japonês e atuar pela seleção asiática.
- Gosto muito do país. Se ficar por muitos anos aqui, penso sim, em me naturalizar e jogar pelo país. Meus planos para o futuro são: conseguir ser artilheiro três anos consecutivos no Japão em diferentes ligas e ser convocado - disse o centroavante.
- No momento não penso em voltar para o Brasil, estou muito bem no Japão e penso em crescer no país e construir uma carreira reconhecida aqui dentro - concluiu.