Espanha lida com incerteza antes de duelo contra a Dinamarca
Atuais campeões da Euro ocupam apenas a segunda posição do Grupo 4 na Liga das Nações
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Mesmo campeã da Eurocopa, a seleção da Espanha tem futuro duvidoso. Não apenas pelo seu momento na Liga das Nações, competição em que ocupa apenas a segunda posição do Grupo 4, mas também pensando na continuidade do projeto do seu técnico, Luís de la Fuente.
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Na última semana, o treinador da "Roja" revelou em entrevista que segue ganhando o mesmo salário de quando treinava a equipe sub-21 do país (cerca de 1,2 milhões de euros anuais, ou R$ 7,3 milhões na cotação atual). A declaração causou espanto não apenas pela condição atual do técnico, hoje profissional e campeão europeu de seleções, mas também pelo trabalho demonstrado até aqui.
Não é exagero dizer que De la Fuente liderou uma revolução na seleção da Espanha. Além de mudar o estilo de jogo da equipe, marcado pela posse de bola e os toques curtos, para um estilo mais agressivo, o técnico deu espaço a jogadores com quem trabalhou nas categorias de base, como a dupla de atacantes Nico Williams e Lamine Yamal.
O trabalho fez com que o espanhol fosse indicado ao prêmio de melhor técnico do ano na Bola de Ouro, da revista "France Football", ao lado de nomes de peso como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti.
Em entrevista ao jornal "Mundo Deportivo", da Espanha, publicada na última sexta-feira (11), o treinador desconversou sobre o assunto. Ainda colocou panos quentes sobre a demora da Federação Espanhola para acertar um novo contrato (o atual tem duração até o meio de 2026, após a Copa do Mundo).
Isso porque, segundo o técnico, o ano foi "turbulento", e ainda não houve tempo para as negociações. Mesmo assim, De la Fuente garantiu: está feliz no comando da equipe, e pretende continuar.
- Temos que esperar e não tenho problemas em focar no que é importante: os quatro jogos (pela Liga das Nações) em outubro e novembro. E em dezembro, quando espero que se realizem as eleições (na Federação Espanhola), sentar com quem vencer e deixar tudo resolvido. Algo já está avançado, é verdade. Existem algumas negociações, alguns acordos, e espero que sejam consolidados quando houver um novo presidente.
Apesar do otimismo por um novo acordo, de La Fuente fez questão de ressaltar que recebeu propostas de clubes e seleções para deixar a Espanha. Um recado claro de que, se seu contrato não for melhorado, pode deixar a seleção em caso de proposta melhor.
Liga das Nações pode ser o 'divisor de águas'
Outra incerteza que a Espanha precisa lidar está dentro de campo: o tropeço diante da Sérvia, empate por 0 a 0 na primeira rodada da Liga das Nações, fez com que a equipe conquistasse apenas quatro pontos nos dois primeiros jogos. Isso colocou a "Roja" apenas se segunda posição do grupo, atrás da Dinamarca, adversária da terceira rodada.
Caso os dinamarqueses vençam o duelo, conquistam nove pontos e aumentam a distância na liderança. Em outras palavras: uma derrota dos espanhóis pode praticamente definir a classificação do grupo. Este cenário transformou o jogo deste sábado (12) em uma "decisão", e a vitória da Espanha pode ser mais um "argumento" de De La Fuente na mesa de negociação com a Federação Espanhola.
- É um jogo muito importante contra uma grande equipe, que começou muito bem nesta competição. Tem uma geração de jogadores muito importante. Temos que mostrar nossa melhor versão para enfrentá-los. Queremos ser os primeiros (do grupo), queremos avançar para as quartas de final e queremos voltar classificados. Mas, para isso, precisamos vencer a Dinamarca - disse De La Fuente na coletiva pré-jogo da última sexta-feira (11).
A bola rola para Espanha x Dinamarca a partir das 14h45 (hora de Brasília), no Estádio Nueva Condomina, em Múrcia (Espanha).
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