Acabou. Depois de brigas, ameaças, reaproximação e até mesmo indícios de um final feliz, o Barcelona anunciou que o vínculo com Lionel Messi não será estendido, colocando um ponto final em uma das jornadas de maior sucesso do futebol.
A diretoria responsabilizou a liga espanhola, uma vez que o regulamento limita os gastos com contratações e salários de cada clube a uma porcentagem de sua receita - o Barça teria que reduzir pelo menos 200 milhões de euros para conseguir ativar um novo contrato com o argentino.
Mas a realidade é que o Barcelona é culpado por este desfecho que levou torcedores à porta do Camp Nou ontem para lamentar a saída do maior ídolo da história do clube. Escândalos políticos nos bastidores, movimentos errados no mercado e falta de tato para lidar com a lenda criada em suas próprias canteiras. Lionel Messi permaneceu por mais uma temporada para evitar uma briga judicial que lhe custaria muito dinheiro e poderia tirá-lo de atividade por um tempo.
Mesmo sem um grande time ao seu redor, repetiu o que faz de melhor: desfilar toda a sua genialidade em campo, com 38 gols e 12 assistências. O único título - o da Copa do Rei - foi o reflexo de um time bagunçado, com poucos protagonistas em campo e que não conseguiu escapar das turbulências criadas pelos próprios dirigentes.
Sem conseguir entregar um time à altura de Messi e do próprio Barcelona, restou então uma separação que se desenhava lá atrás, mas tão impactante como se fosse algo jamais cogitado. Afinal, Barcelona e Messi foram sinônimos por 17 anos e o mundo ainda não está preparado para vê-lo vestindo outra camisa.
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