O Ajax oficializou, na noite de quinta-feira (18), a chegada do meio-campista Jordan Henderson, de 33 anos. O inglês estava no Al-Ettifaq, da Arábia Saudita, mas não se adaptou ao futebol do Oriente Médio e optou por um retorno à Europa menos de seis meses após a transferência.
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Segundo informações do "The Telegraph", Henderson pode não receber pelo tempo na Arábia, já que rescindiu o contrato para se transferir de graça ao Ajax e escolheu adiar os ganhos para não ser punido pelas leis de impostos do Reino Unido. Além disso, seu salário foi cortado em 75% em relação ao acordo que tinha no mundo árabe, e o jogador pode pagar bônus ao Al-Ettifaq em caso de metas atingidas na Holanda.
"Hendo", como é apelidado pelos companheiros, é considerado ídolo do Liverpool e um dos pilares da era de Jürgen Klopp. O meia foi eleito melhor jogador da Premier League de 2019-20 e utilizou a braçadeira de capitão dos Reds por anos.
Ao sair de Merseyside, Jordan gerou grande polêmica. Apoiador ativo da comunidade LGBTQIAP+, o atleta carregava as cores do arco-íris na braçadeira, mas foi criticado por se transferir para um país que destina pouquíssimos ou zero direitos ao grupo. No vídeo de anúncio da contratação, o Al-Ettifaq descoloriu a faixa, o que levou a uma grande insatisfação por parte dos membros do movimento.
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Ao todo, Henderson atuou em 19 partidas com a camisa dos Cavaleiros de Ad-Dahna. No período, não chegou a balançar as redes, mas contribuiu com cinco assistências para o time, oitavo colocado na Saudi Pro League.
Apesar de ter grande identificação com a camisa 14, o central utilizará a camisa 6 em Amsterdã. O número 14 foi aposentado pelo clube holandês como forma de homenagem a Johan Cruyff, oito vezes campeão da Eredivisie e tricampeão da Champions League pelo Ajax.