Ex-técnico da Espanha sai em defesa de Luis Rubiales após polêmica na Copa do Mundo Feminina

Jorge Vilda, campeão mundial em 2023, foi peça importante do trabalho de mandatário à frente da federação

imagem cameraJorge Vilda conduziu a Espanha ao título da Copa do Mundo Feminina de 2023 (Foto: Franck Fife/AFP)
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Lance!
Madri (ESP)
Dia 12/02/2025
09:59
Atualizado há 2 minutos
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Jorge Vilda, ex-técnico da seleção feminina da Espanha, prestou depoimento e deu sua versão dos fatos no tocante ao caso de Luis Rubiales. Campeão mundial em 2023, o comandante foi de encontro ao que é alegado pelo ex-presidente da Real Federação Espanha de Futebol (RFEF), e negou que o beijo dado em Jennifer Hermoso, camisa 10 do título, tenha sido forçado.

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- Não presenciei o beijo no momento. Ninguém deu grande importância. Minha filha estava com problemas abdominais, e uma ambulância havia levado ela, então estava preocupado com isso. No ônibus, Rubiales me disse que haviam questionado demais o consenso do beijo. Diretamente, ele não me disse nada sobre ela não querer sair. Falei com o irmão de Jennifer por vontade própria, para tentar normalizar a situação. Talvez devesse ter falado com ela, pois desde então, não entramos mais em contato - revelou o treinador.

Vilda também optou por dar outro tom ao depoimento prestado no último dia de julgamento ao elogiar Hermoso, e mesmo que tardiamente, mostrou compaixão pelo que testemunhou após a situação.

- Olhando para ela, eu percebi que ela não gostava nem um pouco de tudo que era lido na mídia. Na temporada anterior, algumas jogadoras pediram a minha saída. Ela foi a primeira a voltar para a seleção nesse contexto. Sempre teve a vontade de unir e fazer um grande grupo. Conhecendo sua trajetória, é uma grande futebolista e pode jogar até os 38 ou 40 anos - afirmou.

🧠 Relembre o caso de Luis Rubiales

A situação polêmica aconteceu durante a cerimônia de premiação das atletas espanholas na Copa do Mundo Feminina de 2023. Ao vencer a final diante da Inglaterra, as jogadoras se encaminharam até o recebimento das medalhas. Luis Rubiales, então mandatário do principal órgão do futebol local, demonstrou uma intimidade além da conta com as atletas, e deu um beijo na boca de Hermoso, considerada a principal jogadora da equipe.

O caso rapidamente teve repercussão negativa no mundo do futebol, e uma polêmica acabou explodindo dentro da federação. Vilda, que já não tinha o apoio das atletas antes mesmo do começo da Copa, ficou do lado de Rubiales, que marcou uma reunião com a imprensa e funcionários ligados ao futebol para anunciar, em voz esbravejante, que "não iria renunciar". Dias depois, a ideia foi mudada, e o dirigente esvaziou à cadeira, cedendo à pressão pública.

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Além de Jorge Vilda, outros dois personagens foram ouvidos em acusação de coação à atleta: Albert Luque, ex-diretor da seleção masculina, e Rúben Rivera, ex-diretor de marketing da RFEF. A promotora Marta Durántez relatou o caso, e o pedido envolve dois anos e meio de prisão para Luis, por agressão sexual e coação.

Luis Rubiales é o principal envolvido em caso de agressão sexual contra atleta do futebol espanhol (Divulgação / RFEF)
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