O fim do caô? Peru tem ótima chance para fazer as pazes com as redes
Seleção de Paolo Guerrero não vive uma boa relação com o gol desde o Mundial e, nesta terça, diante da frágil Bolívia, pode dar uma guinada para recuperar a boa fase
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Em um duelo equilibrado na estreia, o Peru não derrotou a Venezuela e arrancou apenas um ponto pelo Grupo A da Copa América. O que chamou a atenção, contudo, foi o placar de 0 a 0, que acentuou o recente baixo poder de fogo da equipe de Ricardo Gareca. Agora, o cenário já é de vida ou morte.
Isso porque, a partir das 18h30 (de Brasília) desta terça-feira, no Maracanã, o Peru enfrenta a Bolívia e só pode pensar nos três pontos - até pela fragilidade do adversário, derrotado para o Brasil na semana passada.
Para isso, Paolo Guerrero será fundamental para que a a ausência de gols deixe de ser um problema, originado na Copa do Mundo. Desde o Mundial da Rússia, após o imbróglio envolvendo o camisa 9, apenas dois gols foram marcados em três jogos - ambos se deram contra a Austrália, na última rodada da fase de grupos, quando o Peru já estava estava eliminado.
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De lá para cá, o bom futebol visto nas Eliminatórias está em falta. Foram 11 jogos pós-Copa, somando dez amistosos e a estreia na Copa América, com seis derrotas, dois empates e apenas três vitórias. O saldo de gols está em cinco negativo (foram dez marcados e 15 sofridos).
ANÁLISE LOCAL
Diante deste contexto preocupante, o LANCE! ouviu dois jornalistas peruanos para buscar explicações a respeito do que aconteceu para que o terceiro melhor ataque das últimas Eliminatórias tenha definhado.
- Não se nota apenas uma falta de gols, mas também problemas defensivos após a Rússia-2018. Isso aconteceu porque o Peru perdeu a sua espinha dorsal, e isso atrapalha. (Alberto) Rodriguez se lesionou, (Christian) Ramos teve uma decisão ruim em ir para a Arábia Saudita (Al Nassr) - disse Juan Pablo Torres, repórter da Radio Exitosa.
- Depois do Mundial, o Peru baixou o seu nível de jogo. Os rivais também sabem melhor como joga o Peru, como marcar, e a nossa seleção não tem muito repertório ofensivo, nem variações táticas ou de jogadores - analisou Eli Schemerler, do jornal Depor.
Como não poderia ser diferente, ambos também tocaram no assunto Guerrero.
- O retorno do Paolo Guerrero foi determinante para o Peru. Ele é importante, mesmo que não faça os mesmos gols que fez nas Eliminatórias, quando a equipe teve uma sequência de resultados positivos. Algumas decisões do comando técnico também não foram muito boas, não houve uma renovação no sistema, a equipe joga apenas no 4-2-3-1. São fatores a serem corrigidos, creio que, se houver uma mudança nesse sentido, o Peru pode retornar ao caminho de antes do Mundial de 2018 - completou Juan.
- A pena a Guerrero, que o deixou inativo por aproximadamente um ano, fez o seu rendimento baixar, e isso interferiu na seleção. Ele jogou poucas partidas com o restante da equipes, e os outros jogadores de frente, como Cueva, Flores e Carrillo, anotam poucos gols - emendou Eli.
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Como citado pelo primeiro repórter, o Peru tem atuado no 4-2-3-1, com Cueva, Yotún e Farfán auxiliando Guerrero. Para tentar furar a Bolívia, que teve a pior defesa das últimas Eliminatórias, e confirmar o favoritismo, Cueva deve atuar, apesar da pancada sofrida no último jogo. Ou seja, força máxima para Ricardo Gareca e sem barreiras para findar o caô.
OS JOGOS DO PERU PÓS-COPA DO MUNDO
Peru 1x2 Holanda - Amistoso
Peru 1x2 Alemanha - Amistoso
Peru 3x0 Chile - Amistoso
Peru 1x1 Estados Unidos - Amistoso
Peru 0x2 Equador - Amistoso
Peru 2x3 Costa Rica - Amistoso
Peru 1x0 Paraguai - Amistoso
Peru 0x2 El Salvador - Amistoso
Peru 1x0 Costa Rica - Amistoso
Peru 0x3 Colômbia - Amistoso
Peru 0x0 Venezuela - Copa América
JOGOS: 11
VITÓRIAS: 3
EMPATES: 2
DERROTAS: 6
GOLS MARCADOS: 10
GOLS SOFRIDOS: 15
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