Em 2021, o Barcelona perdeu o maior ídolo da história do clube, mas contou com o retorno de outra lenda. Lionel Messi deixou a equipe blaugrana após término do contrato devido aos problemas econômicos da equipe. Por outro lado, os culés contrataram Xavi no último mês de novembro para dirigir o elenco pensando no longo prazo.
ESPERANÇA E DECEPÇÃO
O início do ano do Barcelona foi sinônimo de esperanças para o torcedor após terminar 2020 sem a conquista de um título. Com uma equipe mais modesta e sem contratações de renome, o clube catalão conseguiu ter uma sequência de 15 jogos invictos na La Liga, sendo 14 vitórias.
Naquele período, os culés pareciam estar na briga pelo título do Campeonato Espanhol, embora já tivessem perdido a Supercopa da Espanha na prorrogação para o Athletic Bilbao no dia 17 de janeiro. No entanto, após a ótima sequência de resultados, veio a derrota para o Real Madrid na 30ª rodada.
A partir daí, a equipe até então dirigida por Ronald Koeman tropeçou em outras quatro oportunidades nas últimas oito rodadas e não teve forças para lutar pelo título conquistado pelo Atlético de Madrid, com gol de Luis Suárez, que havia deixado a Catalunha em 2020.
Por outro lado, a presença do Barcelona na Champions League era vista como a de um azarão. Ainda mais por enfrentar o PSG logo nas oitavas de final. E com show de Kylian Mbappé, os culés sofreram uma goleada por 4 a 1 em pleno Camp Nou e tiveram a eliminação confirmada na França.
DESPEDIDA DO MAIOR DA HISTÓRIA
Após a saída de Josep Maria Bartomeu, ainda em 2020, o Barcelona promoveu novas eleições presidenciais no início de 2021. Joan Laporta, nome apoiado por Messi e com grande história no clube, como sendo o responsável pela contratação de Ronaldinho Gaúcho em 2003, venceu as eleições e deu nova esperança aos fãs e ao elenco, abatido por conta de escândalos e maus resultados.
Apesar das decepções acumuladas no início do ano, os fãs do time blaugrana também tiveram motivos para sorrir. Com uma campanha de cinco vitórias em seis partidas e com uma semifinal emocionante diante do Sevilla, o Barcelona conquistou o título da Copa do Rei e não deixou que mais uma temporada fosse passada em branco. Na partida contra o Athletic Bilbao, Lionel Messi marcou dois dos quatro gols da goleada culé.
E esse foi o maior legado deixado pelo camisa 10 em 2021, além da ótima temporada individual em que marcou 38 gols e contribuiu com 18 assistências em 48 jogos disputados. Mas apesar do troféu erguido, o argentino estava em seu último ano de contrato e vivendo uma situação inusitada em que poderia ter que deixar seu clube de coração.
Ao fim da temporada, o craque chegou ao Brasil para a disputa da Copa América, onde sagrou-se campeão com a Argentina. Por outro lado, o futuro do maior jogador da história do Barcelona na Catalunha estava comprometido. Sem dinheiro para bancar uma renovação, Laporta não conseguiu segurar o ídolo por mais uma temporada. Após uma despedida triste, que contou com a vigília de alguns culés na porta do clube, o atleta assinou com o PSG.
NOVA TEMPORADA, NOVOS PROBLEMAS
Além de Messi, os blaugranas também perderam Antoine Griezmann para o Atlético de Madrid na janela de transferências de verão. E o mercado de contratações não teve grande impacto com a chegada de jogadores em fim de contrato, como Aguero, Depay e Eric García.
Sem Messi, os culés apostaram em La Masia e atletas como Ansu Fati, que assumiu a camisa 10, Gavi, que já é convocado para defender a Espanha, e Nico González começaram a ganhar espaço. No entanto, ainda é cedo para depositar toda a esperança de 2021 em jovens que estão em seus primeiros anos como profissionais.
Mas apesar das novas mudanças e do novo comando no clube com Joan Laporta, Ronald Koeman seguia sem conseguir fazer com que a equipe jogasse bem e os resultados no segundo ano de trabalho do holandês não apareciam. Em 12 rodadas na La Liga, o clube havia vencido apenas quatro partidas. Na Champions League, eram duas vitórias e duas derrotas em quadro jogos. E Koeman não resistiu.
RETORNO DE ÍDOLOS
Carente de nomes históricos, principalmente após a saída de Lionel Messi, o Barcelona buscou a chegada de Xavi, até então técnico do Al-Sadd, para dirigir o time. O catalão não titubeou ao aceitar o emprego sabendo das dificuldades que iria encontrar.
Após um início positivo, com duas vitórias, o comandante sofreu com quatro tropeços consecutivos e que custaram a elminação na Champions League. Ainda assim, o Barcelona busca se reconstruir visando voltar à Liga dos Campeões na próxima temporada via Campeonato Espanhol. E na Liga Europa, o clube sabe que em 2022 terá que encarar o Napoli caso sonhe seguir vivo na competição.
Com Xavi, o Barcelona também buscou a contratação de Daniel Alves para a lateral-direita, uma vez que o clube está carente na posição. No entanto, o veterano que deixou o São Paulo em setembro, só poderá estrar oficialmente pela equipe a partir de 2022.
Entre esperanças e decepções, o barcelonista segue apreensivo, mas apostando no ídolo e nos jovens para fazer com que a principal equipe da Catalunha volte a viver anos de glória. 2021 jamais será esquecido pelos blaugranas. Alguns irão lembrar com tristeza, outros como um período de esperança. Mas 2021 não acaba em 31 de dezembro, pois a reconstrução é constante e visando os próximos anos.