O Barcelona seguiu a onda de protestos na Catalunha e, nesta segunda-feira, funcionários do clube pararam por 15 minutos em protesto contra a violência e brutalidade dos policiais diante da população local, durante a votação do referendo que discute a independência da região, no último domingo. Além disso, os Blaugranas decidiram que não haverá treinamento nesta terça.
A paralisação geral das atividades neste dia 3 de outubro tem como intuito, segundo comunicado oficial, aderir a uma paralisação promovida pelo órgão "Mesa para la Democracia" - cujo objetivo é convocar pessoas de todo país para protestarem contra a violência das autoridades espanholas. Com isso, todos os atletas e funcionários estão dispensados da apresentação.
Nesta segunda, logo depois de paralisações de funcionários em protestos no Camp Nou, em La Masia, no Miniestadi e na Cidade Esportiva da equipe, o time de Ernesto Valverde, líder isolado da La Liga, treinou normalmente. Os jogadores da seleção espanhola e o trio sul-americano Paulinho, Messi e Suárez não estiveram presentes por conta da semana de "data Fifa".
Outras dois clubes da Catalunha, Girona, debutante na elite, e o Espanyol também abraçaram o protesto impulsionado pela "Mesa por la Democracia".
CRÍTICAS DA IMPRENSA
Em meio ao turbilhão de protestos que assolam a Catalunha, o Barcelona entrou em campo no último domingo, no Camp Nou, para encarar o Las Palmas. A princípio, o Barça não jogaria - até pela pressão da torcida para que isso ocorresse. Com receio de perder seis pontos no Espanhol, uma forma de sanção, o time culé decidiu duelar, porém com os portões fechados. Venceu por 3 a 0, com gols de Messi (2) e Busquets.
Contudo, a decisão do Barcelona gerou insatisfação da imprensa catalã, sobretudo. Diversos jornais esportivos vão na mesma direção. Qualificam como "vergonhosa" a decisão do clube em entrar em campo com portões fechados contra o Las Palmas. O domingo era de votação no referendo que teve o sim ganhando com 90% pelo desejo de se separar da Espanha. A polícia espanhola usou de força e agrediu quem tentou votar. Mais de 800 feridos foram contabilizados. Leia mais no Blog do Bechler.