O Arsenal se tornou alvo de fortes críticas e protestos por estampar a frase “Visit Rwanda”, que significa “Visite Ruanda”, no uniforme do clube, por conta do patrocínio milionário - mais de R$ 70 milhões por ano - que mantém com Ruanda. O governo do país africano é acusado de matar três mil pessoas e deixar outras milhares feridas nas últimas semanas na República Democrática do Congo.
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A companhia de turismo tem parceria com Arsenal, Bayern e PSG. Nos Gunners, a parceria com a "Visit Rwanda" acontece por meio do patrocínio estampado na manga da camisa do time principal. Desde 2018, o clube recebe 39 milhões de dólares do governo ruandês pelo negócio, sendo renovado em agosto de 2021 e com validade até o final desta temporada.
Nesse sentido, o turismo no país aumentou em 8% desde o anúncio. Porém, Ruanda é um país com altos índices de pobreza e subnutrição, dependendo de ajuda externa de organizações internacionais, que representam quase 20% do orçamento local.
Por outro lado, o acordo com Bayern e PSG é mais discreto, visto que acontece em situações esporádicas. O clube alemão tem contrato por mais três temporadas com a companhia de turismo, enquanto os franceses só até o fim de 2025.
Governo do Congo se revolta com Arsenal e outros clubes: ‘Manchados de sangue’
No início de fevereiro, Thérèse Kayikwamba Wagner, ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo, acusou o Arsenal de financiamento a grupos rebeldes do governo de Ruanda. O jornal inglês "The Telegraph" teve acesso à carta da ministra, que exigiu o fim da parceria dos gigantes europeus com a companhia de turismo "Visit Rwanda".
- Milhares de pessoas estão cercadas em Goma, com restrições de acesso à água, comida, segurança. Muitas vidas foram perdidas. Estupros, assassinatos e roubos perduram. O seu patrocínio é diretamente responsável por essa miséria - declarou a ministra.