Ídolo do Al Hilal, Sérgio Soares projeta semifinal do Mundial contra o Flamengo e explica projeto do clube

Árabes buscam vaga na decisão da competição pela primeira vez na história

imagem cameraO Al Hilal será o adversário do Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes (Foto: Fadel SENNA / AFP)
Avatar
Lance!
Tanger (MAR)
Dia 06/02/2023
17:14
Atualizado em 07/02/2023
08:05
Compartilhar

O Flamengo terá seu primeiro desafio na luta pela conquista do bicampeonato mundial. Nesta terça-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes, o Rubro-Negro encara o Al Hilal, da Arábia Saudita, às 16h, no Grand Stade de Tanger, em Tanger, no Marrocos. Trata-se do mesmo rival da semifinal de 2019, quando o Fla venceu por 3 a 1. Quem conhece bem o clube saudita é o ex-jogador Sérgio Soares, que teve uma passagem pelo futebol árabe entre 1992 e 1993. O LANCE! conversou com o brasileiro, atualmente treinador, que dissecou o adversário rubro-negro e falou sobre os cuidados que a equipe de Vítor Pereira deve ter.

- Pode ser um jogo bem complicado para o Flamengo. Mais pelo condicionamento físico. A temporada do Flamengo acabou de começar e o Al Hilal chega no meio da temporada. Talvez o momento para o Flamengo disputar o Mundial não seja ideal por isso. O Hilal tem capacidade para fazer um jogo bem difícil.

- É um time rápido de boa transição. Tem o Michael, que é veloz; o Al Dawsari, que sabe trabalhar bem dentro da área; e o Marega, que é um jogador forte fisicamente. O Flamengo pode ter dificuldades principalmente quando eles tiverem a bola. Além disso, a base da seleção saudita é de jogadores do Al Hilal, o que faz com que seja um time acostumado a grandes jogos - explicou.

+ Confira as notícias do mercado no vaivém do L!

Para Sérgio Soares, que é tratado com carinho e idolatria por parte da torcida, o Al Hilal tem como identidade a valorização da qualidade técnica dos jogadores na formação de seus elencos, especialmente no meio-campo e no ataque. Explica, entre outros motivos, o fato dos Blues terem um currículo de peso dentro do futebol asiático, como quatro Liga dos Campeões da AFC, oito Copa do Rei ou 18 Campeonato Saudita.

- Estive no Hilal no início da época da globalização. Antes mesmo de eu chegar, o Hilal era um time técnico, que sempre priorizava a qualidade técnica, tanto que em 1967, contrataram o Rivellino. Especialmente do meio para frente, eles sempre gostaram de ter jogadores com boa qualidade técnica - disse.

Para Sérgio, a dominância continental do Al Hilal na atualidade é comparável à do Flamengo. Afinal de contas, desde 2019, os árabes venceram duas Liga dos Campeões da AFC, enquanto o Rubro-Negro venceu duas Libertadores da América.

- É um clube que vem crescendo muito nos últimos anos, tendo se estruturado para isso, um pouco parecido com o próprio Flamengo na América do Sul. O presidente do clube é um cara apaixonado por futebol e isso também ajuda. Além disso, é o mais popular na Arábia Saudita e tem muita torcida no mundo árabe.

* Sob a supervisão de Victor Mendes

Siga o Lance! no Google News