Um ano atípico para Lionel Messi e Barcelona. Não só por conta da Covid-19, que atrapalhou todo o calendário do futebol, mas também por tudo o que ocorreu dentro de campo. Os catalães terminaram a temporada 2019/20 sem um título sequer, o que não acontecia desde 2007/08, antes da era Guardiola.
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Acostumado a alcançar glórias com o Barcelona, Messi se viu cercado por um time que pouco o ajudava em 2020. O argentino se esforçou bastante, mas não foi capaz de guiar seu clube ao caminho dos títulos. E este insucesso foi determinante para um dos principais capítulos do ano blaugrana.
Apesar de ter sua escolha à premiação do "The Best", da Fifa, contestada por boa parte dos amantes do futebol, a temporada de Messi em termos individuais passou longe de ser ruim. Pode não ter sido tão assombrosa como em outros anos, mas o argentino teve alguns motivos para sorrir.
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Em 44 jogos oficiais no ano de 2020, Messi balançou as redes 26 vezes e deu 22 assistências para seus companheiros. Ou seja, o camisa 10 teve participação direta em 48 gols na temporada, média superior a uma por partida.
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DECEPÇÃO E DEMISSÃO
A Supercopa da Espanha apresentou um formato diferente do habitual e reuniu, além dos campeões nacionais, os vice-campeões também. Desta forma, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid e Valencia disputaram o troféu e Messi e seus parceiros foram eliminados na semifinal para os Colchoneros. Apesar da derrota por 3 a 2, o argentino balançou as redes.
O torneio, apesar de valer troféu, não era visto como prioridade para o clube. A derrota, no entanto, fez o técnico Ernesto Valverde ser demitido. E a queda do comandante foi a primeira derrota de Messi na temporada.
CHEGADA DE SETIÉN
Após Ernesto Valverde ser demitido, Quique Setién foi contratado. A chegada do treinador, entretanto, não deu liga e o Barcelona não apresentou um bom futebol na sequência da temporada.
A relação dos jogadores com o treinador também não era das melhores e isso pôde ser observado durante a partida do Barcelona contra o Celta de Vigo, em junho, quando o auxiliar Eder Sarabia tentou passar instruções ao camisa 10, que ignorou as palavras do assistente de Setién.
O MAIOR VEXAME DA HISTÓRIA
Com o término do Campeonato Espanhol e o título do Real Madrid, o Barcelona voltou as atenções à Champions League. Após eliminar o Napoli nas oitavas de final, o clube catalão sofreu a derrota mais dolorosa em, até então, 120 anos. Na bolha de Portugal, o Bayern de Munique venceu por 8 a 2 e quase encerrou a passagem de Messi pelo Barça.
A QUASE SAÍDA
Depois de ser eliminado da Liga dos Campeões de forma vexatória, Messi estava decidido: queria sair do Barcelona. O jogador enviou um documento oficial pedindo a rescisão de contrato, algo que estava previsto em contrato, mas não conseguiu deixar o clube por conta de uma divergência.
O jogador poderia, realmente, encerrar seu vínculo com o Barcelona desde de que avisasse até maio sua intenção. Como o futebol ficou parado por conta da Covid-19, o argentino, juntamente com seus agentes, esperava que a validade da cláusula fosse prorrogada. Sem chegar a um acordo, o camisa 10, contra sua vontade, permaneceu na Catalunha.
CANSADO
Com a demissão de Quique Setién após a eliminação na Champions, Ronald Koeman, ídolo do Barcelona como jogador, foi contratado. A chegada de um novo comandante, porém, não foi suficiente para fazer Messi mostrar a motivação de antes para jogar.
Com um elenco bem mais enfraquecido, aliado à saída de Luis Suárez, um de seus melhores amigos, o jogador se viu isolado no vestiário blaugrana.
QUEDA DE BRAÇO
Quando decidiu que queria deixar o Barcelona, Messi mostrou que não suportava mais a gestão do então presidente Josep Maria Bartomeu. Uma das exigências para voltar a jogar pelo clube, segundo a imprensa espanhola, era que o mandatário renunciasse ao cargo.
Em 27 de outubro o argentino venceu esta disputa. Muito criticado e vivendo uma grande crise, Bartomeu entregou a carta de renúncia e entregou a cadeira máxima do clube catalão.
MELHORA E RECORDE
Com o decorrer da atual temporada, Messi foi crescendo de produção, mas ainda assim alternou bons e maus momentos pelo clube catalão. Jogando cada vez mais centralizado, o argentino chegou a atuar na função de centroavante em algumas vezes.
E o crescimento de produção rendeu a Messi um número expressivo. O camisa 10 atingiu a marca de 644 gols oficiais pelo Barcelona e, desta forma, ultrapassou Pelé como maior artilheiro da história do futebol por um único clube.