O secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, revelou nesta terça-feira que vai retirar sua candidatura à presidência da Fifa caso Michel Platini - mandatário da entidade europeia e seu chefe direto - seja liberado para participar da eleição. O advogado suíço, bastante conhecido por comandar os sorteios da Liga dos Campeões, tornou-se um forte candidato a suceder Joseph Blatter.
Infantino virou opção para as federações do Velho Continente, que apoiavam Platini, e que desejam reforma mais profunda na Fifa. O francês, que está suspenso pelo Comitê de Ética da entidade por conta do suspeito pagamento recebido de Blatter, conseguiu homologar sua candidatura ao pleito, porém só poderá ser confirmado na eleição no fim de sua punição, que termina em 6 de janeiro, mas que poderá ser aumentada em 45 dias. Desta forma, ele ficaria punido até 20 de fevereiro, seis dias antes do pleito.
- Nunca irei contra meu chefe, até por uma questão de lealdade. Mas neste momento, sou candidato - disse Infantino, em entrevista à agência "EFE".
As ideias de Infantino e Platini são semelhantes, principalmente em relação a dar espaço para seleções menos tradicionais em grandes competições. O francês já aumentou o aumentou o número de participantes na Eurocopa para 24 e também deseja fazer o mesmo na Copa do Mundo. A proposta é de ter o Mundial com 40 equipes.
- Acredito na expansão da Copa do Mundo baseada na experiência que tivemos na Europa com a Euro. Veja as eliminatórias agora, onde alguns times que nunca tinha se classificado o fizeram, e times que sempre se classificavam não conseguiram. Isso criou uma dinâmica completamente nova nas eliminatórias, um novo entusiasmo. Se você é sério sobre desenvolvimento do futebol, isso deve envolver mais associações no melhor evento de futebol do mundo - completou.