Investigação de emissora britânica revela acordos de corrupção de Abramovich, dono do Chelsea

Reportagem da BBC indica que fortuna do empresário russo se deu por leilões fraudulentos com a compra de uma companhia de óleo<br>

imagem cameraRoman Abramovich, dono do Chelsea que tem relação com Vladimir Putin, presidente da Rússia (Foto: AFP)
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Londres (ING)
Dia 15/03/2022
08:30
Atualizado em 15/03/2022
09:14
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A emissora britânica ‘BBC’ revelou nesta segunda-feira, no programa ‘Panorama’, as origens da fortuna de Roman Abramovich, dono do Chelsea. Segundo a investigação, documentos mostram acordos corruptos nas negociações por parte do empresário russo.

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Ainda de acordo com a reportagem da emissora, Abramovich fez fortuna com a compra de uma empresa de óleo, a Sibneft (chamada de Gazprom Neft, atualmente). A compra teria acontecido por meio de um leilão fraudulento. O empresário russo adquiriu a companhia em 1995 por 250 milhões de dólares e a vendeu para seu antigo proprietário, em 2005, por 13 bilhões de dólares.

Portanto, as irregularidades desta negociação já eram conhecidas. Em 2012, Abramovich admitiu à Justiça britânica que fez pagamentos corruptos para adquirir a empresa. Isto ocorreu após ser processado por seu antigo sócio, Boris Berezovsky. O dono do Chelsea ganhou a disputa, mas revelou que deu 10 milhões de dólares para Berezovsky subornar um oficial do governo russo.

A BBC teve acesso a um documento que revela que o governo russo foi enganado em 2,7 bilhões de dólares nas negociações pela Sibneft e que as autoridades queriam acusar Abramovich de fraude. A emissora não conseguiu comprovar isso, mas o valor é confirmado por uma investigação lançada pelo parlamento russo em 1997.

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O ex-procurador da Rússia responsável pelo caso na época, Yuri Skuratov, revelou à BBC detalhes da negociação, alegando que foi um ‘esquema fraudulento’ que permitiu a Abramovich e Berezovsky enganarem o governo e não pagarem o valor que a companhia de óleo realmente valia.

O documento indica que, na época, Roman Abramovich foi protegido pelo então presidente da Rússia, Boris Yeltsin, que teria travado a investigação e desviado os arquivos para o Kremlin.

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