A Itália recebe às 17h45 desta terça-feira a Alemanha, no San Siro, em amistoso internacional. O jogo ocorre após a quarta rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2018, quando as duas seleções golearam seus adversários.
A Azzurra vem de uma vitória por 4 a 0 sobre Liechtenstein, fora de casa, no sábado. No Grupo G, a seleção tem dez pontos, mas perde para a Espanha no saldo de gols: 14 a 7. Por outro lado, a Alemanha vem de um massacre, também longe de seus domínios, sobre San Marino: 8 a 0. Os germânicos lideram com folga a chave C, com 12 pontos e 100% de aproveitamento.
O técnico Giampiero Ventura está no comando da Itália desde setembro, quando substituiu Antonio Conte - que foi para o Chelsea - após a disputa da Eurocopa. O comandante criticou a realização do amistoso contra a Alemanha. Ele afirmou que ainda não teve muito tempo para preparar a Azzurra e não gostaria de encarar tão rapidamente a seleção 'mais organizada' do mundo.
- Quando você começa um trabalho com uma equipe, normalmente os primeiros amistosos são contra times da Terceira Divisão, que é justamente para o técnico poder experimentar vários esquemas. Você não começa a temporada enfrentando o Barcelona, senão vai perder de cinco e todo o mundo vai falar que o time não está pronto e não vale nada. Eu não tenho medo de enfrentar a Alemanha nem de perder por muitos, mas o problema é a programação. A Alemanha é o time mais organizado do mundo, e que dificuldades eles podem criar para o nosso crescimento como equipe? Eu acredito que uma partida mais simples nos daria a possibilidade de prosseguir no nosso caminho. Eu repito, não tenho medo, mas quero cuidar daquele que é o nosso pequeno patrimônio, que um dia espero que seja grande - disse Ventura, em coletiva nesta segunda-feira.
Apesar da distância do confronto, Ventura já está preocupado com o duelo contra a Espanha, que será realizado somente no dia 2 de setembro de 2017, mas deve ser crucial para determinar o classificado direto para próxima Copa do Mundo e quem irá para a repescagem. Para se preparar melhor para o confronto, o treinador pediu o adiantamento do Campeonato Italiano da próxima temporada.
- Eu já pedi à federação para tentar começar um pouco antes o campeonato. Inicialmente, eu pedi para anteciparem em três semanas, mas ouvi que teria de ser internado porque estava louco (risos). Então, eu reduzi para duas semanas, o que seria no dia 13 de agosto. Porque não? Na França e na Inglaterra eles começam antes. É de interesse nacional que a seleção italiana tenha tempo para se preparar - disse.
ALEMANHA VEM 'ABENÇOADA' CONTRA A ITÁLIA
Na véspera do amistoso contra a Itália, a Alemanha visitou o Vaticano e recebeu a bênção do Papa Francisco. Os jogadores entregaram presentes ao pontífice, como uma camisa autografada e uma pintura produzida por crianças doentes atendidas pelo instituto do goleiro Manuel Neuer.
A vitória sobre San Marino por 8 a 0 não pôde testar muito os jogadores da Alemanha para o duelo contra a Itália. No entanto, com muitos desfalques, como o goleiro Neuer, o zagueiro Boateng, o meia Özil e o atacantes Schürrle e Brandt, o técnico Joachim pôde colocar novos jogadores em campo, já visando uma renovação do elenco germânico.
Do time vice-campeão olímpico no Rio de Janeiro, três jogadores foram convocados por Löw: Gnabry, Goretzka e Meyer. O primeiro acabou sendo o destaque da partida, com três gols.
O zagueiro Hummels falou sobre a mescla entre jovens e veteranos na seleção alemã.
- Eu acho que o nosso time tem uma boa mistura de jovens e jogadores com muita experiência. O mais importante é ter os dois tipos e até agora a nossa caminhada para a Copa do Mundo de 2018 tem sido muito positiva. Temos um grupo coeso e estamos totalmente de acordo dentro e fora do campo. Eu vejo um futuro cor-de-rosa para a nossa seleção - disse o defensor do Bayern de Munique, em entrevista coletiva.
Joachim Löw espera um duelo difícil e bastante ofensivo diante da Azzurra.
- É um jogo prestigiante, perante um adversário muito forte taticamente, que nos colocará sob pressão. Não haverá a pressão de ser eliminado, como na Eurocopa, por isso acho que será mais ofensivo - disse.