Jadson e Luis Fabiano são apresentados pelo Tianjin Quanjian
Dupla mostrou entrosamento na coletiva e meia prometeu assistências para o atacante
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O meia Jadson e o atacante Luis Fabiano foram apresentados pelo Tianjin Quanjian, da China, nesta sexta-feira, em um hotel em Atibaia, onde o clube faz pré-temporada. E a dupla mostrou entrosamento na coletiva de imprensa. O Fabuloso brincou ao comentar sobre os costumes dos jogadores chineses e disse que o novo companheiro iria ter que carregar suas chuteiras. Porém, o ex-corintiano disse que ia ajudá-lo de outra forma.
– Vou te ajudar a fazer gols, fica tranquilo. Vou levar suas chuteiras, por quê? (risos) Você foi gentil comigo, pode ficar tranquilo que vou te ajudar – brincou Jadson.
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Jadson contou como foi a negociação com os chineses. Ele disse que o primeiro a saber das tratativas foi o técnico Tite.
– Entrei de férias, meus empresários já tinham conversado com o clube e passaram as informações pra mim. Fiz questão de avisar o professor Tite sobre a negociação. Estou indo para um novo desafio. Tomara que as coisas possam dar certo lá. E que o nosso objetivo de subir para primeira divisão possa ser concretizado – revelou Jadson.
A delegação do Tianjin Quanjian fica em Atibaia até o dia 3 de fevereiro. O clube pretende marcar amistosos contra times brasileiros neste período. Um deles já foi acertado com o Vitória, no dia 26 de janeiro, na Arena Fonte Nova. Depois o grupo segue para Coreia do Sul, onde termina a preparação. A estreia na segunda divisão do Campeonato Chinês é no dia 17 de março.
O time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo segue em busca de um terceiro brasileiro. Um dos alvos é o atacante Alexandre Pato, do Corinthians.
Confira trechos das entrevistas dos jogadores:
JADSON
O futebol chinês
“Tive algumas informações sobre o futebol de lá, a própria comissão nos passou muita coisa. Nunca estive na Ásia, será a primeira vez, uma experiência nova. Já deu para perceber aqui que, com muito trabalho, vamos ganhar qualidade. Mas pesquisei também na internet e tirei mais informações sobre a cidade e o clube. Estou indo pra lá para aprender e passar um pouco da minha experiência. Me parece um grupo muito bom, os chineses são bem tranquilos, prestam muito a atenção no que a gente fala. Queremos levar essa nossa liderança para crescermos juntos lá.”
Um novo mercado
“Quando fui para a Ucrânia, tinham três brasileiros lá, fui um dos primeiros. Mas a cidade de Donetsk não era muito boa e tive dificuldade de adaptação. Já Tianjin é uma cidade muito moderna, onde encontramos de tudo, e acho que a adaptação será mais fácil. O que mais prezei foi o colégio das crianças. Vanderlei me falou sobre boas escolas internacionais e fiquei mais tranquilo.”
Primeira vez com Luxemburgo
“Será a primeira vez que trabalharei com o professor Vanderlei Luxemburgo, uma oportunidade única, um cara vencedor. Ele treinou os melhores do mundo, tem uma experiência muito boa, e transmitirá tudo o que sabe não só para os chineses como para nós também. Espero que possa nos ajudar e será um prazer trabalhar com ele. Aproveitar para pegar as coisas boas e levar para o resto da vida.”
Visibilidade
“Quando você vai para a Ásia, perde-se um pouco da visibilidade, porque não são todos que acompanham o futebol de lá. O Renato (Augusto) também está indo pra lá, acho que terá que manter um alto nível na seleção para continuar nas convocações. Isso aí ele vai tirar de letra. O futebol asiático está crescendo, muitos jogadores indo pra lá. Todos poderiam colocar mais os olhos lá, imprensa, CBF... Não será de uma hora para outra, mas espero que seja em breve.”
Preparação
“O campeonato lá começa em março e teremos bastante tempo para nos preparar, o que é muito importante para uma temporada. Quero me preparar bem para manter o alto nível. O objetivo principal é subir a equipe para a primeira divisão. Continuar jogando bem e dar minhas assistências para o Luís, como foi em 2012, pelo São Paulo, para ajudá-lo a chegar ao seu objetivo de atingir os 500 gols. Tomara que faça muitos.”
Agradecimento
“Quero aproveitar para registrar o meu muito obrigado aos jogadores do Corinthians, dirigentes e torcedores, que acreditaram no meu trabalho e conseguimos, juntos, ser campeões brasileiros. Saio de cabeça erguida. Quando um time se destaca, as propostas aparecem, é normal. O futebol chinês está chegando pesado no Brasil e os clubes daqui ficam sem ter o que fazer.”
LUÍS FABIANO
Negociação
“Em novembro, dezembro, começou uma conversa com meu empresário, que me expôs a possibilidade de jogar na China. Eu disse que gostaria de ouvir tudo após o término da temporada. Quando foi me passado o projeto, pesou. Cheguei perto de trabalhar com o Luxemburgo outras vezes, tinha até outras propostas agora, mas decidi fechar com o Tianjin. A parte financeira é importante, claro, mas o projeto que me foi apresentado, do desafio de subir para a primeira divisão, de contar com profissionais brasileiros, tudo isso contou. Pesquisei bastante antes de ir e vi que não haverá problema. Boa cidade, time de boa estrutura, e acho que fui feliz na escolha. Faremos de tudo para conquistar os objetivos e títulos para tornar o Tianjin um dos grandes do futebol da China.”
O êxodo para a China
“A debandada que está havendo do futebol brasileiro para a China vai melhorar no acompanhamento do futebol chinês. A partir de agora, com o investimento que vem acontecendo, vão olhar mais para o futebol de lá, assim como tem acontecido com o futebol nos Estados Unidos, com as contratações, com a experiência e a qualidade dos profissionais daqui. Com dinheiro, você acaba crescendo e fazendo campeonatos melhores, passa a ter mais visibilidade. Vocês vão passar a olhar mais para lá.”
Primeira vez com Luxemburgo
“Nunca trabalhei com o Luxemburgo, mas o que a gente espera é cobrança. Até já pediu para eu tirar o brinco para treinar, já no primeiro dia, e pegou no meu pé. Falando sério agora, ele sabe explorar as qualidades do jogador e espero aprender muito com ele, um treinador qualificado, que vai ensinar bastante.”
Meta pessoal
“Conversamos sobre essa possibilidade de chegar aos 500 gols e ficar entre os maiores artilheiros do mundo. É um objetivo, sou atacante e vivo de gols, mas tenho outros objetivos coletivos. Não posso pensar só no pessoal. O primeiro objetivo é subir o time. O clube está investindo muito. Com os gols, estarei ajudando o time a conquistar vitórias e a conquistar seus objetivos.”
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