O Milan foi um dos protagonistas da última janela de transferências e uma das equipes que mais gastou, principalmente por conta das contratações de Lucas Paquetá e do atacante Piatek. O jornal 'Gazzetta dello Sport', respaldado nas análises da empresa de consultoria financeira 'KPMG', contesta os valores que o clube italiano pagou pelos dois atletas.
Reais valores e explicação
A empresa estipula um valor total do jogador de acordo com o seu desempenho dentro de campo. Segundo a 'KPMG', o "real valor" de Paquetá seria de 14 milhões de euros (R$ 59 milhões), 21 milhões de euros (R$ 88 milhões) a menos do que pagou o Milan, que, no total, ofereceu ao Flamengo 35 milhões (R$ 147 milhões). O mesmo ocorre com Piatek, avaliado em 16,3 milhões de euros (R$ 68 milhões), 18,7 milhões de euros (R$ 78 milhões) a menos do valor oferecido ao Genoa (35 milhões de euros, R$ 147 milhões) no total.
- Um fator a ser salientado é a idade, especialmente porque a idade média dos dez jogadores incluídos em nossa análise é inferior a 24 anos. Como nossa avaliação é determinada pelo desempenho em campo, o fato desses jovents talentos terem participado de menos jogos influencia. Por outro lado, quando um clube precisa urgentemente de uma peça, fica disposto a pagar o excedente - analisa Andrea Sartori, diretor de esportes da 'KPMG'
Outros fatores
Ainda de acordo com Sartori, o momento vivido pelo jogador pode influenciar no poder de decisão do clube em sua contratação. Piatek, por exemplo, jogou apenas meia temporada pelo Genoa, mas, nesse período, teve um desempenho avassalador, com 21 gols em 19 jogos.
- Uma explosão em um curto prazo, como no caso do Piatek, pode fazer com que o preço aumente. A situação financeira do clube, uma cláusula de rescisão ou a disposição do jogador em deixar a equipe são outros fatores adicionais que podem levar a uma diferença considerável entre o valor de mercado e o valor da transferência - finalizou