Juan Jesus denuncia racismo e Roma bane torcedor do estádio para sempre

O brasileiro foi xingado pelo Instagram de "macaco maldito" e expôs o torcedor. O clube italiano denunciou a conta para a polícia e proibiu de forma vitalícia sua entrada no estádio

imagem cameraJuan Jesus divulgou o racista e disse que tem orgulho de ser quem é (Foto: Divulgação / ASRoma)
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Lance!
Roma (ITA)
Dia 27/09/2019
10:33
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A Itália passa por um momento conturbado em relação ao racismo, com um notório aumento de casos nos estádios. A Roma deu exemplo e tomou medidas duras para combater o preconceito racial. O zagueiro brasileiro Juan Jesus foi ofendido, em seu Instagram e denunciou o usuário. A Roma levou o caso à polícia e o baniu para sempre do estádio.

RACISTA
O torcedor foi denunciado por Juan Jesus. O italiano disse que o jogador "se sentiria melhor em um jardim zoológico" e xingou o zagueiro de "macaco maldito". O brasileiro publicou as ofensas no seu Instagram e disse que tem orgulho de ser quem é.

- Roma, já sabe o que fazer com um torcedor assim. Não ao racismo. Sou orgulhoso de ser quem eu sou - pontuou Juan Jesus.

COMBATE
A Roma reuniu as imagens do ocorrido e ressaltou que "a conta foi reportada para a polícia e para o Instagram. A pessoa responsável vai ser banida dos jogos da Roma para sempre".

LUTA

A Roma vai na direção do combate ao racismo na Itália. Durante a premiação do 'The Best' da Fifa, o presidente da entidade, que é filho de imigrantes italianos, Gianni Infantino, relembrou os casos recentes de racismo em solo italiano e disse que todos devem se unir para extinguir o racismo do futebol e da sociedade.

MAIS CASOS

Na última rodada do Italiano, o perseguido foi mais um brasileiro. A torcida da Atalanta fez sons de macaco para Dalbert, da Fiorentina, que parou o jogo com respaldo do juiz. A torcida da casa vaiou a atitude. Além de Dalbert, Lukaku é outro jogador que tem sofrido. O belga foi perseguido em sua estreia, contra o Cagliari.

Depois, em carta aberta, a torcida da Inter disse que o sons de macaco proferidos contra ele "não era racismo". Após a terceira rodada do Italiano, o jornalista Luciano Passirani, do canal 'TopCalcio24', disse que a única forma de parar o atacante era "lhe dando dez bananas".

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