David Luiz é o zagueiro que mais movimentou dinheiro na história do futebol. Desde que deixou o Vitória e foi para o Benfica, o brasileiro fez girar o equivalente a R$ 530 milhões em negociações, passando por Chelsea (duas vezes), PSG e, mais recentemente, Arsenal.
E justamente os Gunners anunciaram ontem a renovação de contrato por mais um ano, mesmo com o defensor vivendo um um mau momento em campo. Não é recente. Desde o fim da Copa do Mundo de 2014, quando foi um dos protagonistas do vexame contra a Alemanha, David Luiz não conseguiu recuperar a confiança e a técnica que o colocou entre os jogadores mais promissores de sua posição.
A partir de então, o que se viu foi um jogador cada vez mais irritadiço e desnorteado, as duas características marcantes no retorno recente da Premier League, quando falhou em um dos gols, fez pênalti e foi expulso na derrota do Arsenal para o Manchester City. Talvez seja uma questão de ajuste. Aos 33 anos, ele não demonstra mais a mesma mobilidade de antes e falha constantemente nos botes aos atacantes. Suas subidas ao ataque também já não surtem mais o mesmo efeito. Em um esquema tático mais protegido, poderia ser útil na saída de bola e na marcação como volante. Na zaga, entretanto, as sucessivas falhas colocam seus próximos anos em xeque.
A queda foi tão vertiginosa que hoje é impossível imaginá-lo novamente com a camisa da Seleção Brasileira. David Luiz não é um engodo, mas ainda não conseguiu despertar do pesadelo vivido no Mineirão.
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