Muito se fala por aqui dos erros de arbitragem e da falta que faz o árbitro de vídeo, tumultuando o Brasileirão. Mas os jogos decisivos da Champions League têm demonstrado que lá, como cá, a situação não é muito diferente. Na terça-feira, no empate de 2 a 2 que classificou o Real Madrid para a finalíssima e eliminou o Bayern de Munique, dois pênaltis a favor do time alemão não foram marcados pelo juiz. Um deles – um toque de mão do lateral esquerdo Marcelo – foi tão escancarado que até o jogador, num raro exemplo de sinceridade, denunciou-se: “Sim, a bola bateu na minha mão. Se eu dissesse que a bola não bateu eu estaria mentindo. A realidade é essa. Agora, não posso chegar aqui e falar do árbitro. Acontece. É difícil porque tinha muitos (jogadores) à sua frente”, justificou. Do lado de cá do Atlântico é questionável que entidades como a Conmebol ou a CBF aleguem falta de dinheiro e de estrutura nos estádios para não adotarem o VAR de uma vez por todas. Mas em se tratando da poderosa Uefa abrir mão de usar a tecnologia é algo inadmissível. Manchar um torneio com a importância da Champions com trapalhadas de arbitragem é um crime. Um único apito equivocado, na disputa dos mata-matas, pode jogar fora, como tem acontecido com incômoda frequência, o trabalho de toda uma temporada. Espera-se que hoje na Itália, na outra semifinal, Roma e Liverpool tenham mais sorte com os homens do apito. O time inglês, vale lembrar, venceu por 5 a 2 no jogo de ida.
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