Live streaming: O futuro?
Modelo de transmissões pela internet foi amplamente aplicado até aqui na Copa Libertadores em confrontos tanto da Pré como na fase de grupos
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A tecnologia de “live streaming”, ou simplesmente “streaming”, está revolucionando a indústria da mídia mundial. São cada vez mais os eventos transmitidos através da internet. E não só eventos esportivos oficiais. Qualquer partida de futebol mirim ou futebol society de bairro pode ser transmitida de forma semi-oficial ou totalmente amadora.
O MyCujoo é um aplicativo que permite a qualquer equipe transmitir seus próprios jogos; o Facebook, claro, também inclui essa possibilidade. A transmissão de eventos corporativos é cada vez mais feita online também.
E até as plataformas de cassino online oferecem opções de cassino ao vivo, em que o jogo é transmitido por vídeo para os usuários, dando uma sensação de mais realismo que o jogo puramente eletrônico (mais próximo dos videojogos de console).
A internet substituindo a TV?
Em 1979, a dupla musical britânica Buggles cantou uma célebre música com o título “Video killed the radio star”, que anunciava o sentimento geral da época: a TV estava substituindo a rádio. E é fato que as transmissões de futebol na TV ocuparam um lugar que era exclusivo da rádio.
Hoje, parece que a internet está fazendo o mesmo com a TV. E é incerto se a TV vai conseguir sobreviver da mesma forma que a rádio o fez (pois tem sempre um mercado para as transmissões de futebol via rádio: Quem está trabalhando, dirigindo na estrada, etc.). Pois se a rádio conservava algo que a TV não podia oferecer (a possibilidade de acompanhar o evento sem precisar ver), a TV parece mais vulnerável em relação à internet, pois tudo o que a TV oferece a internet tem também.
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E mesmo se as transmissões em “streaming” ainda não têm comentaristas respeitados, isso é uma questão de tempo e de investimento até acontecer.
Modelo de negócio em transformação
Segundo uma enquete divulgada pela revista Exame, a maioria dos brasileiros está insatisfeita com os serviços de TV a cabo. É isso: 55%, mais de metade. Muitos consideram que o preço é demasiado elevado, e consideram que uma subscrição de streaming será mais econômica.
O modelo de negócio da TV a cabo, tradicionalmente, aposta no “bundle”: A maior oferta possível reunida em único pacote, para que o usuário sinta que tem acesso a tudo ou quase tudo. Mas, com o passar dos anos, o usuário vai sentindo que está pagando para utilizar apenas uma pequena porcentagem do serviço.
Antes de surgir uma alternativa viável, esta seria a melhor opção. Mas se surgirem alternativas mais econômicas que “empoderem” o usuário, permitindo que ele escolha efetivamente o que quer ver, o modelo de negócio tradicional está ameaçado.
E tudo isso é possível, claro, porque todo o mundo está com acesso a internet, computadores e celulares, o que permite novas possibilidades.
Transmissões em crescimento
A Esporte Interativo tem cerca de 20 milhões de usuários e já deixou a TV, se concentrando apenas na internet, chegando diretamente a seu público, sem intermediário. E os canais de TV, como a SporTV e a ESPN Brasil, estão também fazendo o mesmo caminho, para chegar onde o público está: na internet. Haverá algum obstáculo a que o “streaming” seja a opção “standard” do futuro?
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