Convidada para a Copa América, o Japão veio ao Brasil com um elenco quase todo composto por atletas com idade olímpica, abaixo dos 23 anos, mas tendo um astro: Takefusa Kubo, meia-atacante de 18 anos chamado de "Messi japonês" e recém-contratado para jogar no time B do Real Madrid. E o camisa 21, mesmo na derrota por 4 a 0 para o Chile, no Morumbi, estreou na competição com mais dribles do que o camisa 10 da Argentina.
O LANCE! comparou os números do Footstats do craque do Barcelona na derrota por 2 a 0 para a Colômbia, no sábado, em Salvador, com o do novato asiático na goleada sofrida diante do Chile, nessa segunda-feira, no Morumbi. E o 'genérico' supera o original em dois quesitos.
O recém-contratado jogador do Real Madrid aplicou três dribles na estreia de sua seleção no torneio sul-americano, com sucesso em todos eles. Messi, por sua vez, tentou duas vezes no quesito, acertando apenas uma. O japonês ainda supera o argentino em outro ponto importante: deu uma assistência para finalização, contra nenhuma do camisa 10 do Barcelona. Igualdade entre eles somente em faltas cometidas: uma por cada um.
Mas Messi teve mais posse de bola (6,58% contra 4,76%), cruzamentos (seis contra dois, sendo todos errados de ambos), desarmes (dois do argentino, sendo um errado, contra só um, certo, do japonês), faltas recebidas (quatro contra zero), finalizações (quatro de Messi, sendo duas certas, enquanto as duas do japonês foram erradas), lançamentos (três do argentino, sendo um certo, contra só um, errado, de Kubo) e passes certos (32 contra 21). O 10 do Barça ainda teve menos perda de posse (seis contra 12) e passes errados (cinco contra seis).
Se já é equivocado comparar um jogador com 18 anos recém-completados a um de 31, a disparidade fica grande quando a maioria dos atletas é colocada lado a lado com Messi. Mas Kubo, realmente, mostrou uma tendência de arrancar com a bola bem próxima ao pé esquerdo. Quase fez um golaço em corrida driblando no segundo tempo, acertando as redes pelo lado de fora e fazendo com que alguns torcedores chegassem a comemorar como gol.
A alcunha de Messi japonês, ao menos, já trouxe fama ao jogador que acaba de trocar o Tokyo pelo Real Madrid e chegou a atuar nas categorias de base do próprio Barcelona no começo da década. A passagem da bola pelos pés de Kubo era a que mais causava expectativa entre os torcedores de todos os japoneses em campo. Sua primeira aparição oficial desde o anúncio do Real Madrid, na sexta-feira, tem pontos positivos. Mesmo com a derrota por 4 a 0.