O ministro de Esportes da África do Sul, Fikile Mbalula, veio a público nesta quinta-feira desmentir a versão da Fifa que, na última quarta, afirmou que cerca de R$ 40 milhões foram destinados à compra de votos para a realição da Copa do Mundo de 2010 na capital africana.
- A Fifa está tentando exonerar sua própria estrutura de governança - disse Mbalula, durante entrevista coletiva.
Na ocasião, o ministro manteve o argumento inicial sobre o destino dos quase R$ 40 milhões, que, segundo a África do Sul e a Fifa (na época do Mundial), era financiar um programa legítimo de desenvolvimento do futebol.
Entretanto, o discurso da Fifa - que elegeu Gianni Infantino recentemente como presidente - dá conta que a quantia foi transferida para Jack Warner, então presidente da Concacaf e vice da Fifa, e ao secretário-geral da Concacaf e membro do Comitê Executivo da Fifa, Chuck Blazer. O motivo: troca de votos para a África do Sul sediar o Mundial de 2010.
Ambos os ex-dirigentes citados acima estão fora do futebol. Atualmente, Warner está em Trinidad e Tobago (seu país natal) com uma ordem de extradição pendente, após ser acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e preso por fraude e lavagem de dinheiro. Já Blazer foi banido do futebol pela Fifa (em 2013, fez confissões essenciais para investigações da entidade).
Resumo do caso
Gianni Infantino, presidente da Fifa recém-eleito, entregou documentos à Justiça dos Estados Unidos com o objetivo de receber indenização de cartolas envolvidos (da Conmebol e da Concacaf) em recentes casos de corrupção, na última quarta-feira
Entre os cobrados estão os ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero..