Há exatos oito anos, num 2 de maio, o Real Madrid era campeão espanhol pela 32ª vez. Após vencer o Athletic Bilbao, fora de casa, por 3 a 0, os merengues quebravam uma sequência de três temporadas seguidas vendo o Barcelona ser campeão e hegemônico com Messi, Xavi, Iniesta e Guardiola, o grande rival de José Mourinho.
O técnico português conversou com o jornal "Marca", da Espanha, e falou sobre aquela conquista, onde o Real Madrid bateu o recorde de pontos numa só temporada (100), e também sobre outros assuntos da equipe merengue e de sua carreira.
ÁPICE DA CARREIRA?
- É muito difícil para mim dizer se esse foi o ponto mais alto ou não. Mas é claro que foi um momento muito importante porque ocorreu em um período especial de domínio do Barcelona. Acabar com o domínio do Barcelona e também alcançar um recorde de pontos e um recorde de gols como esse, que o tornaram ainda mais interessante e mais importante, já que fizemos da melhor maneira possível. Não foi apenas o fato de termos vencido a liga, é o fato de termos feito isso de uma maneira que fez história.
ELIMINAÇÃO NA SEMI DA CHAMPIONS PARA O BAYERN
- Naquela temporada, o Real Madrid foi o melhor time da Espanha e também o melhor da Europa. Por isso foi tão difícil enfrentar a eliminação contra o Bayern na Liga dos Campeões. A noite que fomos eliminados é a única, em toda a minha carreira como treinador, que chorei depois de uma derrota. Lembro bem. Aitor Karanka (auxiliar) e eu parado diante da minha casa, dentro do meu carro, chorando. Foi duro porque naquela temporada éramos os melhores da Europa.
ESTILO DO TIME
- Tínhamos uma identidade de jogo muito definida. Defensivamente, sempre fomos muito bem organizados em campo, e cada um sabia perfeitamente o que fazer. Havia muita disciplina e muita organização por trás do jogo desse time. E fomos capazes de fazer transições muito explosivas, muito rápidas e diretas ao alvo, sempre olhando em direção ao gol com conexões quase imparáveis. Eles foram ótimos jogadores que jogaram como um time de verdade, no final, foi a chave de tudo.