"O Real Madrid está com o título na mão. O bicampeonato do Barça é quase um sonho, depois deste clássico contra uma pedreira que é o Atlético. Duas penalidades máximas penalizaram o bom trabalho do Barça em uma partida em que o time estava proibido de perder. Agora, após três empates nos últimos quatro jogos, é difícil o Barça ser campeão.
O Barcelona venceu a batalha no meio-campo com a presença de Riqui Puig nas entrelinhas. Quique Setién recompensou o garoto por seu bom trabalho em Vigo, deixando Arthur de fora em uma partida decisiva, assim como Griezmann ( o francês ficou na arquibancada pensando em sua situação).
Mas o Barça encarou uma equipe estressante pela frente. Simeone era ambicioso, levando a sua equipe a pressionar. Felizmente, o Barcelona estava concentrado. Messi fez o primeiro gol, olímpico. Ele cobrou e a bola encostou em Diego Costa e enganou Oblak. Não contou para o gol 700 que o argentino procurava por três jogos (foi dado como tento contra). Como este Atlético está em excelente forma, veio o empate quando Saúl acertou a penalidade na segunda repetição (depois que Ter Stegen se movimentou e parou o chute de Diego Costa).
Messi seguia determinado e recebeu a recompensa após o intervalo: um excelente lançamento para Semedo terminou com o pênalti de Felipe. Leo enganou Oblak ao cobrar com cavadinha, estilo Panenka. Gol histórico, 700.
Porém, o Barça não teve sorte. Pela segunda vez, o Atlético empatou com um pênalti, desta vez acidentalmente cometido por Semedo em Carrasco. Saul de novo, 2 a 2.
O time catalão perdeu o controle, jogou desesperadamente, e o treinador Setien demorou a fazer as mudanças ofensivas.
Não há equipe como o Atlético para frustrar um bom trabalho. Ansu Fati nem Giezmann tiveram minutos suficientes para consertá-lo.
NR: Josep Maria Artells é diretor adjunto do 'Mundo Deportivo' (ESP) diário catalão parceiro do LANCE! no Pool de jornais esportivos