"Aos 30 anos, Pjanic - contratado pelo Barcelona à Juventus em negócio que envolve o brasileiro Arthur - tem diante de si as últimas temporadas de sua carreira e ainda não conquistou a Liga dos Campeões. Isso e jogar com Leo Messi é uma das razões pelas quais o bósnio disse sim ao Barça. Como Arturo Vidal fez em 2018, ele também chegou na casa dos 30 anos aspirando à sua primeira Champions e cuja confiabilidade no nível mais alto é comparável à de Pjanic, com um perfil bem mais alinhado com a história recente do acampamento Nou e se encaixam na ideologia de Quique Setién.
A carreira nos Balcãs o apóia depois de passar por Metz, Lyon, Roma e Juventus. Ele completou quase uma década na Série A desde que Luis Enrique o contratou em 2011 e tem em média 30 jogos por temporada, que falam por si de seu profissionalismo e ótima forma física. Tanto que ele é o jogador da Juve que já viajou mais quilômetros corre por partida nesta Série A (11,6) à frente da pista Alex Sandro (10,7).
Seu conhecimento do jogo e a máxima concentração permitem que Pjanic esteja sempre no local certo para manter o equilíbrio do time. Ele não se destaca por ser um pitbull, apesar de ser o meia da Juve que rouba mais bolas (250), mas pela técnica que o fez de ganhar a fama de meio-campista versátil, com um olhar ofensivo lapidado por muitos treinadores que ele já teve.
Com 56 gols e 89 assistências em equipes profissionais de grandes ligas desde a sua estreia no Metz, aos 17 anos, Pjanic sempre se destacou por sua chegada e clarividência. Embora nos últimos anos jogue como volante, primeiro com Massimiliano Allegri e agora com Maurizio Sarri (um pouco menos, porque este prefere o uruguaio Bentancur no setor), ele não parou de perder seu instinto assassino ao se aproximar da área. Sua eficácia no pé direito, letal nos chutes diretos, também é uma mina nos escanteios e faltas laterais".
NR: Sergi Solé é redator chefe do 'Mundo Deportivo', diário catalão que é parceiro do LANCE! no pool de diários esportivos mundiais