O futebol belga sofreu um grande baque, nesta quarta-feira, com uma grande operação policial realizou buscas e apreensões em dez de 16 clubes da primeira divisão, em 44 localidades diferentes. O intuito da operação é desmontar uma organização criminosa que se utiliza do futebol para praticar lavagem de dinheiro e outras atividades corruptas. Entre os suspeitos, donos de clubes, dirigentes, jogadores, empresários, treinadores e árbitros semiprofissionais.
Os envolvidos
Entre os envolvidos que já foram detidos, Mogi Bayat, ex-diretor do Anderlecht, que controla cerca de 90% do mercado de transferências belga; o atual treinador do Brugges, Ivan Leko, que conquistou o Campeonato Belga da temporada passada e os árbitros Sébastien Delferière e Bart Vertentes. Além de Herman Van Holsbeeck, que treinou o Sporting de Anderlecth (2004-18).
A investigação
As investigações começaram no final de 2017, após suspeitas envolvendo o pagamento de comissões em cima de transferências, além de fraudes e negociações turbulentas envolvendo os salários de treinadores e jogadores. O processo se estendeu em nove países diferentes, incluindo a França. A Federação Belga de Futebol ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Pior crise fora de campo x melhor momento dentro de campo
A Bélgica, dentro de campo, vive o melhor momento da história do seu futebol. A seleção alcançou o terceiro lugar da última Copa do Mundo (melhor colocação de sua história) e conta com uma geração de incríveis jogadores, protagonistas em grandes clubes europeus, como Eden Hazard (Chelsea) e Kevin De Bruyne (Manchester City). Vivendo uma das piores crises de sua história, a produção de grandes jogadores é o resultado de investimentos nas divisões de base e cuidado com a formação dos atletas.