Uma AFA com perfil mais empresarial, com a presença de gerentes em sua estrutura. A continuidade do Futebol Para Todos, porém com o ingresso de publicidade privada para reduzir os gastos do Estado, que durante os últimos seis anos teve uma perda de US$1 milhão do programa. A ideia da volta do torcedor visitante nos jogos. A necessidade de que a frase “os clubes dever ter suas contas ordenadas” deixe de ser um clichê. A intenção de que o polêmico projeto AFA-Plus se ponha em marcha no mais tardar até junho de 2016. O compromisso de que o Estado tenha participação muito maior na luta para terminar com a violência nos estádios e entorno.
Esses são as linhas gerais da política que pensa implementar o novo presidente, Mauricio Macri, em torno do futebol argentino. Tal como sentenciou na terça-feira, ele pensa que “o futebol argentino expressa nestes últimos anos a mesma desordem mostrada pela Argentina”.
Macri ressaltou que necessita “uma urgente transformação”. Por isso, pretende ter ingerência naquilo que gira em torno da bola. O Estado é sócio da AFA desde que em 2009 se implementou o "Futebol para Todos", e Macri começou a mostrar-se como um presidente em que todos os temas da organização do futebol passará por ele. Na última sexta-feira, o ex-prefeito de Buenos Aires e ex-presidente do Boca Juniors esteve reunido com Marcelo Tinelli, que pretende desbancar Luis Segura da presidência da AFA e discipulo de Julio Grondona nas eleições que ocorrerão em 3 de dezembro. Macri tem pensado em reunir-se também com Segura, porém, ontem deixou entrever que vê com melhores olhos a candidatura de Tinelli, com quem tem ótima relação.
- O futebol necessita avançar, ter organização mais transparente, profissional - afirmou Macri para a Rádio Cadena 3, de Córdoba.