OPINIÃO: É hora de Vini Jr assumir o protagonismo na Seleção Brasileira

Craque do Real Madrid marcou três vezes na vitória sobre o Barcelona por 4 a 1, na decisão da Supercopa da Espanha

Escrito por Lucas Borges, supervisionado por

Primor. Palavra que pode qualificar uma coisa ou pessoa como dotada de excelência, de perfeição, de qualidade superior. Palavra que pode também definir a atuação de Vinícius Jr contra o Barcelona pela Supercopa da Espanha, no domingo (14).

Vini marcou três gols no triunfo do Real Madrid por 4 a 1 sobre o rival, se tornando o primeiro brasileiro a alcançar o feito pela equipe merengue. Dribles, criação de jogadas, passes irreverentes, uma sintonia grande com o torcedor e muita vontade de vencer. Uma noite memorável na Arábia Saudita.

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A conexão clube-atleta já parece uma das mais intocáveis no futebol europeu. Muito por isso, sempre se faz um retorno ao velho questionamento que persegue todo jogador de alto nível: "por que ele não faz isso na Seleção Brasileira?".

A imagem de Vini Jr sendo substituído aos 18 minutos do segundo tempo contra a Croácia, na queda do Brasil na Copa do Mundo de 2022, se tornou uma espécie de assombração aos torcedores brasileiros, principalmente devido aos feitos alcançados pelo camisa 7 da equipe espanhola após o Mundial. Talvez, a alteração tenha sido o exato antônimo de "primor" no trabalho do técnico Tite.

O jogo de Vinícius frente ao Barcelona, a maturidade mostrada ao longo dos últimos anos em momentos decisivos e o protagonismo prestado em Madri mostram que é hora de o jogador também ser considerado a epítome da qualidade técnica na Seleção.

Depender de um Neymar com inúmeros problemas físicos nos últimos anos, e que na próxima Copa terá 34 anos, já não parece a receita mais indicada para sonhar com o fim do jejum mundial. Mesmo que o atual camisa 10 do Al-Hilal chegue à América do Norte no seu auge técnico em 2026, a parte física e tática necessitará de um companheiro que possa ajudá-lo a carregar o peso da disputa com maestria.

Cresce, portanto, a figura de Vinícius Jr. O novo técnico da Seleção, Dorival Júnior, já deixou claro em sua primeira coletiva ao assumir oficialmente o cargo, concedida na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que Neymar será importante, mas quer fugir da tão temida e incômoda "Neymardependência" em seu trabalho.

O primeiro desafio do experiente comandante, portanto, é transformar Vini no próximo protagonista do Brasil. A escolha do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para o cargo de treinador, neste ponto, foi acertada: Dorival sabe como apagar incêndios de forma rápida, construindo trabalhos coletivos muito concisos e elevando as individualidades.

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Para o craque do Real, é difícil apontar metas ou desafios quando os máximos primores do âmbito de clubes na Europa - Champions League e Mundial de Clubes - já foram alcançados. Com a mentalidade que Vinícius tem, é de se imaginar que sua mira esteja apontada para a próxima Copa do Mundo.

O atalho para o sonho do hexa, portanto, é um novo protagonista. Acreditar que a história vivida por Messi no Qatar se repetirá com Neymar, hoje, parece uma utopia. Depositar as esperanças no trabalho de Dorival Júnior, portanto, é esperar o crescimento de Vini com a camisa da Seleção. A partir disso, o Brasil poderá desfrutar e celebrar o primor do futebol na esfera da Seleção.

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