A equipe do Liverpool terá um fim de temporada longe daquilo que foi tão sonhado pelos fãs de Jürgen Klopp. De um time que caminhava para fechar um trabalho de nove anos do alemão com chave de ouro, os jogos finais do ciclo mostraram diversos defeitos. Principalmente na parte mental.
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Klopp demorou para fazer com que o time que recebeu em suas mãos em 2015 engrenasse, muito pela parte mental. Porém, conseguiu levar jogadores como Henderson, Milner, Mané e Salah a um amadurecimento psicológico que traria frutos nos anos seguintes.
A parte tão forte dos Reds, que virou jogos que pareciam impossíveis nos últimos anos sob o fortíssimo "You'll Never Walk Alone" de sua torcida, derreteu em 2023-24. A renovação do elenco, com chegadas de Mac Allister, Gravenberch, Szoboszlai e Endo, mostrou que o talento futebolístico nem sempre pode vencer o cérebro se este enfraquecer.
O tropeço para o Manchester United, no dia 7 de abril, iniciou uma derrocada que teve apenas duas vitórias em sete pontos. Brigando ponto a ponto com Arsenal e Manchester City, o Liverpool ficou para trás na Premier League; além disso, caiu para a Atalanta na Europa League, em um duelo que o elenco anterior talvez conseguisse reverter. Ou ao menos, sustentar.
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Jürgen Klopp ganha jogadores no lado mental. Mas isto, em qualquer lugar, demanda tempo. Apenas uma temporada com o time reconstruído não foi suficiente para sazonar os mais jovens. Este ponto talvez tenha levado os mais experientes a também perderem a cabeça. Um deles, diretamente com o treinador.
A cena de Salah brigando com Klopp antes de entrar em campo no empate contra o West Ham, no sábado (27), é a grande prova disso. Darwin Núñez, com menos de dois anos em Merseyside, precisou apartar a briga de ídolos com sete e nove temporadas, respectivamente. Um time que não sustentou seu lado emocional, e foi castigado por adversários de menor porte, mas que souberam se portar.
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Jürgen fechará um ciclo de nove anos em Liverpool apenas com o título da EFL Cup. Conquistado sobre um Chelsea tão fraco mentalmente quanto. Talvez um time mais cascudo tivesse trucidado os Reds naquela final, justamente pelos problemas apresentados nos momentos decisivos.
De forma imerecida, o alemão não conquistará nenhum dos três títulos de grande porte que poderia ter erguido em sua despedida. Um trabalho que se encerra com respeito, admiração e histórias que estarão nas individualidades de neurônios e sinapses das mentes de cada torcedor do Liverpool. Mas com menos brilho do que poderia, pelas mentes dos jogadores.