Iniesta, foi incontrolável. Neymar transbordou, Suarez goleou, Rakitic pressionou, Sergi Roberto foi um assistente, Bravo brilhou, Messi jogou, Luis Enrique acertou. A exibição do Barcelona em Madri não foi uma questão de gênios isolados. Foi a constatação de que há uma equipe de futebol superior. O Real Madrid não foi covarde. Foi o rival não o deixou atuar. Sem desculpas ou teorias bizarras. A equipe de Luiz Enrique superou os Merengues no controle, na defesa, na pressão, no toque e na pegada. O Bernabeu viu uma equipe ser sublime.
Luis Enrique decidiu deixar Messi e Busquets no banco e escalar deixar o meio com Rakitic, Iniesta e Sergi Roberto. Iniesta brilhou porque foi abraçado por auxiliares poderosos. Iniesta foi o melhor. Porém, o belo trabalho tem de ser repartido entre todos. Na defesa, como Bravo é impressionante! O setor superou defensivo conseguiu superar a lesão de Mascherano. Lá na frente, Neymar deixou claro que é o segundo melhor do mundo, colocando distância sobre Cristiano Ronaldo. Suárez, por sua vez, é um matador, é enorme. Messi voltou e mostrou que esta equipe melhorará ainda mais.
Faltou apenas que Munir desse a assistência para Pique buscar um gol histórico. Porém, a goleada por 4 a 0 é hoje, suficientemente explícito da diferença entre as equipes. O Barcelona de Messi tem dez anos de vantagem sobre o Real.
Os Merengues jogaram com Keylor Navas, Marcelo, James, Kroos, Modric, Bale, Cristiano e Benzema. Ninguém pode dizer que esta equipe é fraca. Mas ela não conseguiu jogar. Tentou pressionar Piquè. Não deu. Buscou transições rápidas, mas Rakitic e Sergi estiveram atentos. Chegou na área com perigo. Mas Bravo esteve esplêndido. Não é que o Real Madrid não tenha jogado bem. O que acontece é que o Barcelona joga um outro futebol. Foi um banho de um time sólido, contundente, espetacular, vigoroso.