Mourinho motivou os jogadores do Barça, que tinham conquistado tudo. As declarações de Cristiano sobre os beijos e os abraços voltaram a ativar a válvula motivadora para um tridente que, sem necessitar, adquire novos estímulos. Não é a primeira vez que Ronaldo faz com que aumentem as ganas de vencer do plantel blaugrana. Essa obsessão do português, em troca, não é respondida no mesmo nível pelo tridente blaugrana. Dá a sensação de que o trio prefere responder em campo. Não é por acaso que Messi dê a cobrança de pênalti a Suárez em Gijón.
Cristiano é um jogador sensacional, com um ego com o tamanho de sua dimensão futebolística. É capaz de se chatear com outro jogador por não ter passado uma bola. É lógico que não vai jantar com um companheiro, ainda que teria gostado do dia de Kevin Roldán, quando tudo começou, que lá estivesse algum jogador espanhol do elenco. Naquele dia teve beijos e abraços em sua festa de aniversário, e músicas e bailes, mas não é o momento de lembrar daquilo.
O duelo entre Cristiano e Messi é bom, principalmente para Leo. Também para o futebol, mas quem está ganhando a queda de braço é o argentino, que já tem em sua estantes cinco Bolas de Ouro sem um grito fora de lugar. No fim, terá que agradecer ao português pode essas manifestações obsessivas, porque depois disso, quase sempre tem um jogaço de Messi.
Há quem pense que o pior que pode acontecer com este Barça é chateá-lo. Os catalães oscilam entre regulação e de exibição com base nas necessidades do marcador. O problema é que o que separa a glória e o fracasso é muito grande e agora vem o momento dos títulos. Há confiança no Barça, mas não pode dormir.