OPINIÃO: Pincel, tinta e tela jamais faltaram a Neymar
Roberto Assaf, colunista do LANCE!, fala sobre o golaço marcado pelo jogador na vitória do Barcelona sobre o Villarreal
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O que se convencionou chamar de golaço ganhou uma certa banalidade a partir do momento em que a TV passou a ter maiores recursos tecnológicos, e notadamente depois que surgiram as emissoras por assinatura, dado que necessitam preencher as suas grades de programação com imagens que sejam efetivamente capazes de emocionar. Basta anunciar que houve um gol espetacular, de tirar fôlego, para prender o espectador até o fim da atração.
Pincel, tinta e tela jamais faltaram a Neymar. Não há dúvida porém que o craque pintou uma uma autêntica obra-prima domingo em Barcelona. Muitos se apressaram a compará-la a um gol de Pelé na final da Copa de 1958, contra a Suécia, em Estocolmo. Não houve exagero nisto, pois o jogador exatamente ao lançar mão, vez por outra, da sua genialidade, iludindo não só o adversário, mas o próprio torcedor, que ao ver o lance também se sente driblado.
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É preciso ressaltar ainda que o feito de Neymar vai além do gol, pois também deixa evidente que o atacante vem aos poucos alcançando a maturidade que deverá torná-lo em breve o melhor jogador do planeta. E levá-lo a marcar um gol igual a um outro de 1958, o mais bonito da história das Copas, que ele, Pelé, anotou contra Gales, na vitória de 1 a 0, numa partida tão difícil que só um gênio poderia decidir. Veja e reveja a jogada. A impressão é a de que a bola atravessou o corpo do zagueirão.
Quem sabe Neymar não posso repetir o Rei contra o Real Madrid, na próxima rodada, diante de Um Santiago Bernabeu superlotado? Seria a glória.
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