O Manchester United vive uma crise que parece não ter fim no futebol inglês. Além dos anos de problemas dentro do campo e na área técnica, o clube agora mergulhou em uma tentativa de ressurgimento fora das quatro linhas através de medidas surpreendentes.
Segundo o jornal local "The Guardian", o dono dos Red Devils, Jim Ratcliffe, fechou os refeitórios dos funcionários de Old Trafford e não concederá mais o benefício de almoços grátis aos trabalhadores, que terão apenas frutas para se alimentar. Nas categorias de base, localizadas em Carrington, apenas os jogadores poderão almoçar; demais membros do staff receberão pão e sopa.
Funcionários que estiverem trabalhando de forma casual em dias de jogo no estádio do clube continuarão a ser servidos com almoço embalado; a cantina do "Teatro dos Sonhos", porém, será fechada ao final desta semana. O plano estrutural também envolve a saída de mais funcionários (cerca de 150 a 200, conforme informado pelo próprio clube), somando-se às 250 demissões já realizadas em 2024.
- Perdemos dinheiro nos últimos cinco anos consecutivos. Isso não pode continuar. Nossas duas principais prioridades como clube são entregar sucesso em campo para nossos fãs e melhorar nossas instalações. Não podemos investir nesses objetivos se estamos continuamente perdendo dinheiro. Estamos iniciando uma série abrangente de medidas que transformarão e renovarão o clube. Infelizmente, isso significa anunciar mais possíveis demissões e lamentamos profundamente o impacto sobre os colegas afetados. No entanto, essas escolhas difíceis são necessárias para colocar o clube de volta em uma base financeira estável - afirmou Omar Berrada, CEO do clube.
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👹 Crise do United é também dentro das quatro linhas
Na parte esportiva, os problemas seguem. A diretoria, formada pelos membros da família Glazer antes da compra por parte de Ratcliffe, teve um prejuízo superior a 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,8 bilhão na cotação atual) durante as três últimas temporadas. Por isso, o momento é de fechar os cofres e vender jogadores para voltar a investir na retomada aos holofotes europeus.
A crise não deixou de se refletir no campo, nem mesmo com a troca de treinador. A saída do criticado Erik ten Hag e a chegada do badalado português Rúben Amorim não mudaram o panorama: o time ocupa apenas a 15ª colocação da Premier League, e está longe das vagas em competições continentais para 2025-26.