POOL: Gianni Infantino, presidente da Fifa. Tudo voltou ao começo
Joseph Maria Minguella, colunista do 'Mundo Deportivo', critica o sistema de eleição da Fifa, que dá brechas para nomes irrelevantes, mas ricos, entrarem na disputa
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Há um problema no sistema de eleição da Fifa. Em primeiro lugar, com candidatos sem antecedentes conhecidos no mundo da bola. Tivemos o filho do Rei da Jordânia e um Xeque do Bahrein, dois países sem nenhuma tradição no futebol; um cavalheiro francês de relevância menor e que atende pelo interessante sobrenome Champagne; um sul-africano que também não tem passado no futebol. E, por fim, o "oficial-oficioso" que acabou ganhando: Gianni Infantino, da Uefa e da Fifa, ou seja, um nome do "stablishment".
Estão festejando Infantino. Mas, sinceramente: Alguém imagina que estando tão próximo do poder de Joseph Blatter e de MIchel Platini, punidos por anos de suspensão, o novo presidente de FIFA desconhecia as corruptelas generalizadas dos antecessores? E... por qual motivo ele ganhou? Claro, por contatos, telefonemas, promessas de futuro que desde já terá de cumprir, pois foram com os votos deste pessoal que ele chegou ao comando da Fifa.
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Ficou claro também que Infantino obteve apoio majoritário da Concacaf e da Conmebol. Curioso e sintomático: a maioria dos implicados e dos detidos pelo FBI são dirigentes das confederações das Américas. Ah!, agora eles dão apoio ao novo.... Oxalá eu esteja equivocado e que dentro de uns anos não se produza a repetição do trajeto Havelange-Blatter...
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