Por que a Champions League não usa chip na bola?

Gol anulado de Julián Alvarez trouxe questionamento à tona

imagem cameraBola da Champions League não possui chip (Foto: Reprodução/Champions League)
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Lucas Pires
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/03/2025
12:18
Atualizado há 5 horas
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Apesar de jogos emocionantes, a semana da Champions League ficou marcada por um episódio isolado: o gol anulado de Julián Alvarez, por conta de dois toques em uma cobrança de pênalti. Em um futebol altamente tecnológico, por que a competição mais importante do continente não usa chip na bola?

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Pode soar como simples, mas para inserir um chip em uma bola é necessária uma produção específica, longa e delicada. O primeiro passo é a inserção de um sensor, que é integrado ao centro da esfera e conectado à superfície da bola. Ele precisa ser capaz de registrar cerca de 500 dados por segundo, como informa o jornal espanhol "Marca".

Além disso, ao menos dez câmeras especializadas precisam ser disponibilizadas no estádio para usar a geolocalização exata para medir a força do impacto. Muitos estádios de times que disputam a Champions não possuem a estrutura necessária.

O chip na bola, que não está presente na Champions League, foi uma marca na última Eurocopa e Copa do Mundo. Importante frisar que ambos foram torneios com sedes previamente definidas. Neste sentido, há maior facilidade para que a estrutura citada acima seja construída sem imprevistos.

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A questão voltou a ser pauta em virtude do lance de Julián Alvarez, que precisou ser destrinchado em diversas câmeras para saber se houveram ou não os dois toques. Caso a bola da Champions League estivesse com o chip inserido, o problema seria resolvido de imediato.

Entenda a polêmica que alimentou o pedido de chip na bola da Champions League

Em lance raro, Julián Alvarez teria dado dois toques na bola ao cobrar seu pênalti contra o Real Madrid. O argentino marcou o gol, porém, o VAR interviu e invalidou o tento. Posteriormente, o Atlético acabou eliminado.

A anulação gerou revolta e debate mundo afora. Diego Simeone, por exemplo, ironizou o lance em coletiva. Courtois, por sua vez, acusou o treinador de "vitimismo". Em nota, a Uefa reforçou que o gol foi bem anulado.

- Embora mínimo, o jogador fez contato com a bola usando seu pé de apoio antes de chutá-la, conforme mostrado no vídeo em anexo. Sob a regra atual (Leis do Jogo, Lei 14.1), o VAR teve que chamar o árbitro, sinalizando que o gol deveria ser anulado - disse parte da nota da entidade.

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