Sem receio em guardar fôlego e resistir como pode as investidas do San José na altitude de mais de 3,8 mil metros da cidade de Oruro, o Guaraní capitalizou um da seus chances e saiu de campo com a vitória por 1 a 0 na partida de ida pela primeira fase da Pré-Libertadores.
Com esse resultado, o time paraguaio pode empatar por qualquer resultado no compromisso de volta em Assunção no próximo dia 29 de janeiro enquanto, para os bolivianos, somente a vitória por dois gols de diferença ou marcando mais de um gol fora de casa interessa para a classificação.
O vencedor dessa eliminatória enfrentará o Corinthians na etapa seguinte do torneio continental.
RETRAÇÃO X ATITUDE
Também sob influência dos efeitos da altitude boliviana, o San José era o time que efetivamente parecia mais à vontade para se lançar ao ataque e tentar explorar, principalmente, jogadas nas costas dos laterais já que o clube Aurinegro povoava bastante a parte frontal da sua grande área com muitos jogadores.
Apesar do contexto, o Guaraní não era necessariamente acoçado de maneira onde os bolivianos estivessem fazendo uma "blitz" ofensiva, pelo contrário. Existia grande dificuldade dos anfitriões em finalizar e, quando conseguiam, o arqueiro Gaspar Servio não era necessariamente exigido de maneira aguda.
BENÍTEZ E A GRANDE CHANCE
Apesar do seu estilo de jogo, quem teve a chance mais clara de balançar as redes foi o Aborígene por parte do meia-atacante Edgar Benítez. O jogador recebeu na intermediária do plano ofensivo, driblou a marcação e bateu forte de perna esquerda para defesa importante de Jesús Careaga que espalmou pro alto e viu a bola cair atrás do gol.
AGORA SIM É PRESSÃO!
Logo no início da etapa complementar, os donos da casa conseguiram algo que ainda não haviam feito na partida que era realmente fazer o gol do time visitante ser ameaçado. Depois de cabeçada de Kévin Fernández onde Servio praticamente só observou aos quatro minutos, aos seis a trave esquerda do goleiro do Guaraní ficou vibrando quando Marcelo Gomes, em cobrança de falta, encheu o pé.
Com 12 minutos, de novo foi o poste que evitou o início da contagem quando o meio-campista Freddy Abastoflor pegou com firmeza na bola e ela acertou o travessão do gol paraguaio. Sequência de grandes oportunidades para o clube de Oruro que não foram capitalizadas.
QUE DESPERDÍCIO...
Acuado, o Guaraní dificilmente conseguia saídas proveitosas ao ataque no tempo complementar e parecia mais propenso a apenas esperar o tempo passar para manter o marcador inalterado. Todavia, com 34 minutos, um chute de José Florentín defendido por Careaga sobrou com relativa liberdade para Nicolás Mana que, ao se desequilibrar, acabou batendo fraco e nas pernas de Jesús Careaga.
AGORA SIM!
Logo no lance seguinte a grande oportunidade perdida pela ofensiva do Guaraní, em cobrança de escanteio a bola espirrou na zaga de Oruro para, no chute de Benítez, Marcelo Gomes tocar com a mão dentro da área e ver o árbitro equatoriano Augusto Aragón. Na batida, Cristian Báez esbanjou tranquilidade e confiança ao tomar pouca distância e colocar bola no canto direito, Careaga no canto esquerdo.