Ex-presidente do Barcelona é detido em operação que investiga corrupção e lavagem de dinheiro

Operação 'Jules Rimet' apura supostas irregularidades envolvendo Sandro Rosell e direitos de imagem de jogos da Seleção Brasileira na gestão de Ricardo Teixeira na CBF<br>

imagem cameraRicardo Teixeira e Sandro Rosell (Fotos: Jorge Adorno e Fadi Al-Assaad/Reuters)
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Lance!
Barcelona (Espanha)
Dia 23/05/2017
09:18
Atualizado em 23/05/2017
12:31
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Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, foi detido na manhã desta terça-feira pela Polícia Nacional da Espanha por conta da Operação "Jules Rimet". A ação, conjunta com a Guarda Civil e que apura a acusação de lavagem de dinheiro, foi ordenada pelo Supremo Tribunal daquele país. A informação repercutiu com destaque em diversos periódicos espanhóis, como "El Confidencial", “Sport” e "El Mundo".

Os agentes que estão à frente das investigações estiveram nas residências e nos escritórios de Rosell em busca de documentos e informações. Já a juíza do caso, Carmen Lamela, determinou o embargo preventivo de 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 35 milhões) em depósitos bancários e mais de 50 imóveis que contabilizariam mais de 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 90 milhões).

As acusações indicam que Rosell integra uma rede que participou de pagamentos irregulares de direitos de imagem de partidas amistosas da Seleção Brasileira na época em que Ricardo Teixeira comandava a CBF. No período investigado, o dirigente, além de presidir o Barça, era dono da Ailanto Marketing, empresa que “explorava os direitos desportivos da Seleção” segundo informações do tabloide catalão “Sport”.
Na mesma operação, Rosell é acusado de cobrar taxas consideradas irregulares, com o dinheiro supostamente indo parar em contas não ligadas ao dirigente. A investigação foi desencadeada a partir de 2015, como parte de toda a operação que visava às apurações de suspeitas, posteriormente desvendadas, de propinas e subornos envolvendo membros da FIFA.

Além de Rosell, mais quatro supostos envolvidos foram detidos nesta terça-feira. A ação ainda teria como alvo dirigentes da CBF, mincluindo o próprio Ricardo Teixeira.

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