Presidente de clube grego invade o campo armado, e governo suspende campeonato local
Ivan Savvidis, do PAOK, intimidou o juiz após anulação de um gol. Árbitro voltou atrás e validou o lance. Episódio fez o vice-ministro de Cultura e Esporte paralisar a competição
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O futebol grego vive um caos. No último domingo, o presidente do PAOK, Ivan Savvidis, invadiu o campo armado para intimidar o juiz da partida diante do AEK, após este anular um gol por impedimento. Diante do ocorrido, o vice-ministro da Cultura e do Esporte, Georgios Vassiliadis, emitiu um comunicado suspendendo o campeonato local por tempo indeterminado. O duelo entre Giannina e Smirnis, que seria nesta segunda-feira, foi adiado.
- Nós decidimos interromper o campeonato. E ele não irá recomeçar até que tenhamos um plano, acordado por todos, para seguir adiante - sentenciou o vice-ministro, após reunião com a Fifa e a Uefa.
Por conta do episódio, a polícia grega emitiu uma ordem de prisão contra o presidente do PAOK. Durante a invasão de campo, ele estava armado quando abordou o árbitro, como pôde ser visto na foto acima. Em seguida, o juiz da partida validou o gol seis minutos após conversar com os auxiliares.
A imprensa grega afirma que Ivan Savvidis tem porte de arma. A assessoria do dirigente declarou que "ele não ameaçou ninguém com uma pistola" e que "carrega uma arma porque tem permissão para fazê-lo. Não é proibido na Grécia".
O clube soltou um comunicado seguindo a mesma linha.
- O PAOK está no topo da tabela da SuperLiga e tem claras chances de ganhar o título. Isto pôs várias provocações contra o clube. Savvidis se permitiu algumas emoções, mas insistimos que não ameaçou ninguém com uma pistola - escreveu o clube.
Os problemas no futebol da Grécia não param por aí. No dia 25 de fevereiro, a torcida do próprio PAOK arremessou objetos no gramado antes do duelo contra o Olympiacos. Um rolo de papel acertou o técnico do time rival, que foi levado para o hospital. O clube perdeu três pontos no campeonato local e foi multado em 30 mil euros (R$ 120 mil).
Pouco tempo depois, torcedores organizados do PAOK invadiram uma emissora grega e obrigaram um jornalista a ler, ao vivo, uma mensagem de protesto contra a pena imposta ao clube.
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