Presidente do COI dispara: ‘Fifa não pode continuar passiva’

Thomas Bach disse, em nota oficial, que a entidade precisa ter de volta a credibilidade

imagem cameraThomas Bach soltou o verbo para cima da Fifa (Foto: Richard Juilliart/AFP)
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Lance!
Zurique (SUI)
Dia 08/10/2015
16:54
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Não foram apenas pessoas ligadas ao futebol que reagiram ao afastamento do presidente da Fifa, Joseph Blatter, por 90 dias de tudo que envolve o futebol. O mandatário do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, em nota oficial, criticou a postura passiva da entidade que rege o esporte mais popular do mundo.

- Nós esperamos que agora, finalmente, todos na Fifa, enfim, entendam que não podem continuar passivos. Eles devem agir rapidamente para ganhar de volta credibilidade, pois você não pode desassociar para sempre a credibilidade da Fifa da credibilidade do futebol. A Fifa tem que se dar conta que isto agora é mais do que apenas sobre uma lista de candidatos. Isto é um problema estrutural e não será resolvido simplesmente pela eleição de um novo presidente - disse o comunicado.

Ainda segundo Bach, chegou a hora da Fifa intensificar sua reforma estrutural, que deve ser conduzida por Issa Hayatou, vice-presidente mais antigo do Comitê Executivo da entidade e presidente da Confederação Africana de Futebol, que ficará no cargo no lugar de Blatter.

- Eles devem fazer duas coisas imediatamente: acelerar e aprofundar o processo de reforma, a fim de cumprir a responsabilidade, transparência e todos os princípios da boa governança, como expressado em nosso programa de reformas, a agenda olímpica de 2020. Eles deveria também se abrir para um candidato presidencial externo com crédito e de grande integridade, para cumprir as reformas necessárias e trazer de volta a estabilidade e credibilidade à Fifa.

Blatter tornou-se suspeito de corrupção na Fifa na última semana, por má gestão e apropriação indébita. Já Michel Platini, presidente da Uefa, está sendo investigado após ter recebido US$ 2 milhões de Blatter em 2011, sem conseguir apresentar provas sobre o motivo do pagamento. O francês alegou tratar-se de vencimentos por um "trabalho feito entre janeiro de 1999 e junho de 2002". Mas a suspeita é que o dinheiro tenha sido um prêmio por não concorrer contra o suíço nas eleições daquele ano.

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