Os documentos da "Panama Papers" levantam dúvidas sobre a possível participação do presente da Fifa, Gianni Infantino, em acordos de direitos televisivos da época que o mandatário trabalhava na Uefa, entre 2003 e 2006. A informação foi adiantada nesta terça-feira pelo jornal inglês "The Guardian".
De acordo com os registros da investigação, a Uefa concluiu ofertas de offshore com figuras da Fifa envolvidas em escândalos de corrupção responsáveis pela queda do ex-presidente Joseph Blatter. Os contratos teriam sido assinados por Infantini, recentemente eleito presidente da entidade máxima do futebol internacional.
A Uefa nega irregularidade entre seus funcionários ou outros parceiros de marketing. A Fifa também insiste que Infantino não tem nenhuma relação com os dirigentes investigados e suas empresas.
A Panama Papper aponta que Infantino vendeu os direitos de transmissão sobre a Liga dos Campeões, Liga Europa e Supercopa Europeia para a empresa argentina Cruz Trading, que os repassou à emissora Teleamazonas pelo quadruplo do preço.
Além de Infantino, aparece na investigação o nome do ex-presidente da Uefa, Michel Platini, além de personalidades de fora do futebol, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin e o diretor de cinema Pedro Almodovar.