O pagamento dos 222 milhões de euros (R$ 820 milhões) do Paris Saint-Germain para tirar Neymar do Barcelona continuam dando o que falar. Além disso, a equipe francesa ainda sonha em ter o jovem Kylian Mbappé e Fabinho, ambos do Monaco, podendo aumentar ainda mais a quantia gasta na janela de transferências.
Essa transação levantou muitos questionamentos sobre a quebra das regras do fair play financeiro da Uefa (FFP) e as possíveis punições. O problema é que alguns fatores, de acordo com o jornal britânico "The Times", impedem que o PSG receba essa sanção, pelo menos por agora.
Estabelecidas em 2013, as regras foram criadas para impedir que os clubes tivessem muitos débitos nas transferências, preservando a saúde financeira de todos os envolvidos. O FFP estabelece que, em um período de três temporadas, a equipe pode gastar 30 milhões de euros a mais do que teve de lucro.
Como Neymar foi contratado em 2017/18, ainda é preciso que se somem os resultados (lucros e perdas) de 2015/16 e 2016/17. Com isso, o PSG só pode ser punido a partir do segundo semestre do ano que vem, além de, apesar de provável, ainda não ser possível garantir que o clube quebrou as regras.
Além disso, o time de Paris já recebeu uma punição em 2014, assim como o Manchester City. Na ocasião, o clube conseguiu um acordo com o então secretário geral da entidade europeia, Gianni Infantino (hoje presidente da Fifa), para que não fosse investigado pela Comissão de Controle Financeiro de Clubes (CFCB).
Como é reincidente, o Paris Saint-Germain tem até o final desta temporada para equilibrar suas contas ou corre um sério risco de receber forte punição financeira, podendo chegar até uma exclusão de competições internacionais.