Punição de Gallardo: Conmebol cogitou até bloquear sinal de celular

Enquanto dirigentes avaliam até bloquear sinal de celular na Bombonera, torcedores do River Plate sugerem 'opções' para Gallardo driblar a punição nas finais da Libertadores

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Um dos principais protagonistas da campanha do River Plate na Libertadores deste ano, Marcelo Gallardo ficará fora dos dois duelos da decisão. Após violar uma sanção, indo ao vestiário do River e falando com seu assistente durante o jogo contra o Grêmio, na semifinal, o técnico argentino virou pivô de uma polêmica. O Tricolor Gaúcho chegou a ir em voo fretado ao Paraguai para reclamar junto à Conmebol e pedir a desclassificação do time argentino. Não conseguiu, mas Gallardo pegou mais quatro jogos de gancho e está proibido de se comunicar com seu staff e elenco durante os jogos contra o Boca Juniors.

A nova punição impede que Gallardo ingresse na Bombonera no sábado, dia do primeiro jogo da final da Libertadores. Além disso, deverá cumprir uma pena de outras três partidas, embora possa estar presente no Estádio Monumental no jogo de volta. Nesse caso, sem acesso ao vestiário e sem poder se comunicar com a comissão técnica do River Plate.

-  Acontecem coisas mais graves nos estádios do que um técnico ir ao vestiário para estar com seus jogadores. Toda aquela perseguição me pareceu estranha, e ainda por cima te multam por qualquer coisa - reclamou o treinador.

A ideia da Conmebol é evitar todo tipo de contato entre Gallardo e seus colaboradores no dia do duelo. Alguns dirigentes avaliaram a possibilidade de bloquear o sinal de celular nas proximidades do vestiário visitante da Bombonera e no campo de jogo. Dessa maneira, o último contato que o técnico teria com seus jogadores seria no complexo de Los Cardales, onde o plantel estará concentrado. A medida extrema, porém, poderia prejudicar o trabalho de jornalistas e da própria Conmebol, que precisam de seus celulares enquanto desempenham suas funções.

- É uma situação difícil, mas ele (Gallardo) trabalhará durante a semana para transmitir o que quer - declarou o zagueiro Jonatan Maidana.

A diretoria do River Plate recorreu da punição e luta para ter "El Muñeco" - o apelido de Gallardo - na Bombonera.


Essa situação não é nova para o técnico argentino. Durante quatro anos, já é a sexta vez (em cinco torneios internacionais) que seu auxiliar Matías Biscay comanda a equipe, tendo quatro vitórias e dois empates.

- Lamentamos a ausência de Gallardo no banco, mas Biscay tem muita liderança e presença para ocupar o seu lugar, é muito capacitado para cumprir essa função - assegurou o goleiro Franco Armani.

Enquanto isso, torcedores do River brincam com a situação nas redes sociais, sugerindo algumas maneiras para que o ídolo esteja presente em ambas as decisões. Uns pedem que sejam feitas máscaras de cartolinas. Outro sugere que Gallardo seja a voz oficial do Estádio Monumental no jogo da volta.

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