Alternativa ao monopólio de UEFA e FIFA no futebol do Velho Continente, a Superliga Europeia está a poucos passos de se tornar realidade. Ao menos é o que diz Anas Laghrari, cofundador da A22, empresa de desenvolvimento esportivo que conduz o projeto do torneio. Em entrevista ao jornal francês Ouest-France, o executivo afirmou que, desde o dia 21 de dezembro, a liga conduz tratativas com 50 equipes e já conta com o 'sim' de 20 delas.
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Questionado sobre quais clubes estariam apalavrados com a iniciativa, Laghrari não revelou nomes por conta da pressão midiática. No mesmo sentido, o executivo contou que uma equipe chegou a emitir uma nota contrária à realização da competição mesmo após ter manifestado compromisso.
Apesar do forte movimento contra a Superliga Europeia, Anas nota que a comunidade futebolística tem se interessado bastante pela causa: "Estamos conversando com clubes, associações de torcedores e pessoas envolvidas com o cotidiano do futebol. Todos se mostram abertos a entender o projeto, já que, sendo possível e legal propor uma alternativa, os envolvidos desejam colaborar. Podemos trabalhar juntos para melhorar o futebol."
O dirigente também expôs seu ponto de vista sobre o atual modelo de competições europeias: "É preciso entender que é muito mais justo um formato de 'pirâmide europeia', e não um sistema em que o quarto colocado espanhol valha mais que o campeão belga. Quando todos entenderem isso, se voltarão para a nossa iniciativa."
O formato da Superliga Europeia
A pirâmide que Laghrari se referiu pode ser melhor entendida pelo formato da competição. Em dezembro de 2023, a A22 divulgou como a Superliga Europeia funcionará, se aprovada. A configuração se baseia em 64 times divididos em três ligas: Estrela, Ouro e Azul. As duas primeiras, com 16 clubes cada. Já a edição feminina terá 32 equipes divididas em duas ligas, Estrela e Ouro.
O torneio promove acesso e rebaixamento entre as ligas e será possível se classificar para a Liga Azul por meio do desempenho nos campeonatos nacionais.
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