A aguardada bomba entremeada no "Relatório Garcia" abalou as estruturas do futebol na última terça-feira. Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é citado diversas vezes como sendo um dos beneficiários de vantagens indevidas durante o período de candidatura. Atualmente, o antigo cartola é réu nos Estados Unidos e investigado na Espanha.
Por falar no país europeu, por lá, Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, está atualmente preso pela suspeita de receber propina na exploração dos amistosos da Seleção Brasileira.
A repercussão na imprensa da Espanha, diferente da brasileira, não é estridente. O jornal catalão "Sport" traz como destaque uma contundente reportagem do alemão "Bild", onde é informado que Rosell transferiu, em junho de 2011, seis meses após a eleição do Qatar para sediar a Copa do Mundo de 2022, 2 milhões de dólares para a conta da filha de dez anos (à época) Ricardo Teixeira, então membro do Comitê Executivo da Fifa.
A publicação do "Bild" também questiona se foi apenas "coincidência" o início do patrocínio da Qatar Airways, em 2013, como o principal investidor do Barcelona, dirigido então por Sandro Rosell. O mesmo enfoque e reprodução, cabe destacar, ocorre no "Mundo Deportivo", outro jornal catalão.
O "Sport" já havia afirmado que Sandro Rosell fazia boa parte de seus negócios no Brasil. No fim do ano passado, inclusive, o ex-mandatário culé esteve em terras tupiniquins, em reunião em um luxuoso hotel na Rua Oscar Freire.