Se dentro de campo Cristiano Ronaldo está de bem com a vida, com os dois gols marcados em cima do Bayern de Munique na vitória por 2 a 1, na última quarta-feira, fora delas está bem agitada. Segundo a revista alemã "Der Spiegel", o craque do Real Madrid teria pago US$ 375 mil (cerca de 650 mil na cotação de janeiro de 2010) em um acordo após ser acusado de estupro por uma mulher em Las Vegas, em 2009.
Segundo a publicação, que teria obtido documentos por meio do "Football Leaks", o jogador teria tido relação sexual sem consentimento da mulher após uma festa na cidade dos Estados Unidos. Diante disso, CR7 e a jovem firmaram acordo em que ela se comprometia a ficar em silêncio.
O compromisso dizia que ela retirasse a queixa policial. A mulher teria acionado a polícia logo após ter relações com CR7, como apontam os registros telefônicos que mostram ligações para a polícia local. Porém, ela nunca o identificou nominalmente, informando apenas que se tratava de um 'atleta'.
Advogado do gajo na época, Carlos Osório de Castro teria assinado em nome do jogador. O acordo foi firmado sete meses depois do suposto estupro. Ela teria aceitado também apagar qualquer vestígio eletrônico ou escrito de todas as comunicações que tenha feito para contar a outras pessoas.
O advogado alemão Johannes Keiler entrou em contato com a revista negando o fato.
- As acusações implícitas por suas perguntas devem ser rejeitadas nos termos mais fortes possíveis - disse, dizendo que seu cliente iria 'agir contra todas as alegações falsas e a lesão de seus direitos pessoais'.
CRISTIANO RONALDO NEGA ACUSAÇÃO
Diante da acusação, Cristiano Ronaldo, por meio da empresa "Gestifute", que pertence ao seu agente Jorge Mentes, classificou a reportagem como 'ficção jornalística', 'ultrajante' e 'nojenta'. O camisa 7 do Real Madrid prometeu entrar com ação contra a revista.
Veja o comunicado de Cristiano Ronaldo na íntegra:
O Jornal alemão Der Spiegel publica hoje uma extensa notícia sobre uma alegada acusação de violação que, segundo se refere, teria sido feita a Cristiano Ronaldo em 2009, ou seja, há cerca de 8 anos.
Trata-se de uma peça de ficção jornalística.
A suposta vítima recusa ser identificada e corroborar a estória. E todo o enredo se baseia em documentos não assinados e em que as partes são identificadas por códigos, em emails entre advogados que não dizem respeito a Cristiano Ronaldo e cuja autenticidade ele desconhece, e numa suposta carta que teria sido enviada pela putativa vítima, mas que ele nunca recebeu.
A reportagem do Der Spiegel é falsa e Cristiano Ronaldo agirá contra esse órgão de comunicação social por todos os meios ao seu alcance. A imputação de uma violação é uma acusação nojenta e ultrajante que não pode ficar em claro.