O presidente da Federação Inglesa (FA) ficou revoltada com a declaração de Joseph Blatter de que a escolha da Rússia como sede da Copa de 2018 teve influência política. Greg Dyke vai solicitar a devolução da quantia gasta pelos ingleses na candidatura para tentar sediar o Mundial, alegando que houve fraude no processo eleitoral.
- A única certeza, segundo disse ele mesmo, é que tudo estava preparado para que a Rússia organizasse o Mundial de 2018, e os Estados Unidos, o de 2022. Se tivessem nos avisado antes disso, não teríamos gasto dinheiro para preparar nossa candidatura - informou Dyke, em audiência na Comissão de Esportes do Parlamento Britânico.
O presidente da FA não acredita que a Fifa devolva dinheiro para a federação. No entanto, pode servir para que outros países reflitam e não gastem altas quantias para elaborar uma candidatura.E as reclamações da FA vêm desde 2010, quando saiu o resultado colocando a Rússia como sede do Mundial de 2018. Na época, Blatter chamava a Inglaterra de "má perdedora". Desde então, o suíço passou a ser alvo de denúncias de inúmeros jornalistas ingleses. Para divulgar sua candidatura, a federação teria gasto 25 milhões de euros, sendo 2,5 milhões de euros dos cofres públicos.
A revelação de Blatter foi dada à agência de notícias russa "Tass". Ele afirmou que havia dentro da Fifa um planejamento para realizar a Copa do Mundo de 2018 em um país do Leste Europeu, que nunca sediou um Mundial. Para 2022, o plano era entregar para os Estados Unidos, segundo o suíço. No entanto, uma suposta influência do então presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre Michel Platini teria convencido a Uefa a optar pelo Qatar, que acabou vencendo.