Salah, Lucas, Hazard e Aubameyang são alguns dos melhores representantes de seus clubes (Foto: Reprodução)
Pela primeira vez na história, quatro equipes do mesmo país vão protagonizar as duas principais finais europeias. Liverpool e Tottenham disputam o título da Liga dos Campeões, enquanto Arsenal e Chelsea decidem a Liga Europa com um empolgante clássico londrino.
Os ingleses, protagonistas da Europa, tem méritos. Klopp e Pochettino revolucionaram Liverpool e Tottenham, respectivamente, com um trabalho longevo e minucioso. Com momentos distintos, os quatro clubes também se destacam por seus projetos e grandes jogadores.
FATOR KLOPP
Klopp revolucionou o Liverpool. Seus métodos de treinamento, a intensidade de seu estilo de jogo e as contratações decisivas recolocaram os Reds no patamar de disputa. O treinador, porém, ainda não conquistou um título em sua trajetória. No último domingo, bateu na trave (por um ponto) e perdeu o título da Premier League, para o City. Vontade não falta e a Liga dos Campeões é uma chance de ouro.
OS MELHORES SÃO VERMELHOS
A campanha do Liverpool na Premier League pode não ter rendido o título, mas escancarou a boa fase do clube na temporada. Van Dijk foi eleito o melhor jogador da temporada, Salah e Mané foram os artilheiros (junto com Aubameyang), enquanto Alisson ganhou o prêmio de melhor goleiro. O entrosamento ganha ainda mais coesão com a adição de jogadores do porte de Firmino, Fabinho e Alexander-Arnold.
FATOR POCHETTINO
Maurício Pochettino é parecido com Klopp. Revolucionou o Tottenham, mas ainda não conquistou títulos. Ele é um dos principais fatores da ascensão e sucesso dos Spurs. Foi quem deu oportunidade para Kane e quem contratou Dele Alli. Formou a base da equipe e institucionalizou um novo jeito de jogar. Assim como o treinador do Liverpool, não falta gana para a conquista do título.
PROTAGONISTAS
Harry Kane é o principal expoente do Tottenham, mas ainda não sabe se vai jogar, pois busca se recuperar a tempo de uma lesão. Pochettino, porém, encontrou soluções. Primeiro, com Son, que assumiu o protagonismo ao lado de Dele Alli, na ausência do atacante. Quando Son não estava presente, a aposta foi em Lucas, que ganhou ânimo e confiança ao ser o herói da classificação. A base da equipe também conta com jogadores estabelecidos e identificados com a equipe, como Lloris, Verthongen e Trippier.
REFORMULAÇÃO PÓS-WENGER
Unai Emery foi o escolhido para substituir Arsene Wenger, no comando do Arsenal, após 22 anos. O francês impôs seu estilo, que tem como grande expoente a aposta nos jovens. Guendouzi, volante de 19 anos, dominou o meio ao lado do uruguaio Torreira. Aubameyang e Lacazette fizeram uma grande dupla (veja mais abaixo). Emery já conquistou a Liga Europa três vezes, com o Sevilla e é um especialista na competição.
DUPLINHA
Aubameyang e Lacazatte são os grandes destaques do Arsenal. Dos 105 gols dos Gunners na temporada, os jogadores, juntos, foram responsáveis por 50, ou seja, 47% do total. Se incluir as assistências (21, ao todo), os dois participaram diretamente de 67% dos tentos marcados. Auba tem números melhores, com 31 gols em 50 jogos, além de oito assistências. Laca, por sua vez, soma 19 gols e 13 passes para gol.
REDENÇÃO
A temporada do Chelsea foi de altos e baixos. O clube viveu um período ruim, com Sarri sendo cogitado para deixar a equipe. O técnico se manteve nos Blues, mas não na briga por título da Premier League. A conquista da Liga Europa é uma chance de salvar a temporada. Outro que busca redenção é Giroud. Pouco utilizado na Premier League, está cotado para deixar o clube no fim da temporada. Na Liga Europa, porém, tem grande desempenho: dez gols em 13 jogos, além de três assistências.
FIM DIGNO
Cotadíssimo no Real Madrid, é muito provável que essa seja a última temporada de Eden Hazard. Ainda sem confirmar nada, o belga, em entrevista, sempre fala em "terminar a temporada da melhor maneira" no Chelsea. Isso significa a busca do título. Hazard segue como o grande jogador da equipe. Ao todo, são 19 gols e 16 assistências em 51 jogos.
